quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

OPERAÇÃO BUFALO,  MARALINGA

Em época de confinamento pouco alterei nas minhas rotinas, isto para dizer que continuo a ver muito pouca televisão e muito em especial os noticiários da SIC onde o "mano" é preponderante e os amestrados pés de microfone se babam a bajular o outro mano, António Costa, e mais a sua pandilha.

Vem isto a propósito da televisão e concretamente a RTP 2. Sabendo do meu interesse particular em história em geral e em assuntos de natureza militar, alertaram-me que tinha começado na 6ª Feira passada uma série com o título deste texto. É sobre um período dos anos 50 do século passado, em que o UK levou a efeito diversos e diferentes ensaios/ experiências com engenhos atómicos. Experiências e testes realizados não só mas sobretudo numa área definida (Maralinga)  dentro do deserto ao Sul da Austrália, uma área a distância razoável da cidade de Adelaide (800 a 900 Km). Houve também experiências menores numas ilhas a Norte da Austrália.

Desconhecia completamente estes ensaios. Conhecia razoavelmente o que se foi passando com os EUA, com a China e com a Rússia ou mais bem dito, conhecia razoavelmente estes assuntos através daquilo a que se consegue ter acesso pois há muita coisa escondida e que só se suspeita que aconteceu. Alguma coisa mais consegui saber quando, estando nos EUA de Agosto 1998 a agosto de 2001, tive a sorte de conhecer pessoas que sabiam muito destas coisas. Sabiam muito e naturalmente, umas migalhas apenas me contaram. 

E tenho uma noção superficial acerca de, designadamente, a colocação de engenhos atómicos e nucleares e de hidrogénio e de neutrões em áreas não muito distantes de materiais e equipamentos pre-posicionados e não suficientemente distantes, para ser seguro, bem como não suficientemente distantes de centenas ou milhares de pessoas. Para mais tarde se ir verificando o impacto nos materiais, e estudar o aparecimento de consequências várias, na pele, nos pulmões, no sangue, nos ossos, etc.

Estou a gostar bastante desta série sobre os ditos ensaios na Austrália que, naturalmente, tem aspectos romanceados como sempre acontece, mas nem era preciso aparecerem os alertas iniciais sobre a história para se ter a certeza de que, uma boa parte, deve retratar com rigor suficiente o que se terá passado nesses já distantes anos. O actor que interpreta o caquético general, aliás um dos mais conceituados actores secundários do cinema, tem um desempenho formidável. Retrata bem certos generais e não só, estrangeiros e nacionais, que conheci ao longo da vida.

AC

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