sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

DESGRAÇADAMENTE  VERDADE

............ "não é preciso recuar muito para perceber que já fizemos operações de grande exigência e em contextos adversos.................o país que agora não consegue sequer saber que armas tem guardadas e em que paióis as tem conseguiu manter um esforço militar assinalável noutro continente, África, em territórios separados entre si por milhares de quilómetros............
O país que agora não conseguiu assegurar a tempo aulas online aos alunos do ensino público é o mesmo que em 1975, no meio de uma situação politicamente convulsa, recebeu quase um milhão de pessoas provenientes de África, colocando muitas delas em pensões, hotéis ou seminários. Que teve de lhes fornecer novos documentos, certificados de habilitações, cartões de saúde e lugares nas escolas para os filhos. Dirão que foi caótico. É verdade que muitas vezes o foi mas se compararmos a dimensão do que então se conseguiu tratar com os meios então existentes com o que agora está a acontecer temos de admitir que Portugal perdeu capacidade e competência................... somos um país em declínio...............juntou-se uma administração tão medíocre quanto omnipotente e omnipresente. Um administração dos “filhos de algo” do regime: os maridos estão nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, as mulheres nas Misericórdias e num qualquer grupo de trabalho, os filhos no centros da Segurança Social, as noras nas comissões de combate à causa do momento e num gabinete de estudos, os sobrinhos no instituto ou no observatório, ou em ambos, a prima na unidade de missão. São maioritariamente socialistas porque ser do PS é uma garantia de que se é melhor sucedido nestes percursos e menos escrutinado.
De geração em geração esta gente vive na máquina estatal ou nos negócios do Estado. Constitui um polvo gigantesco que tudo envolve e nunca se dá por satisfeito.
Põem-nos a discutir colonialismos pretéritos enquanto eles e as suas famílias, num remake das antigas juntas de colonização, fazem do aparelho de Estado a sua roça.................
. O seu objectivo não é fazer mas sim sobreviver no cargo. (Helena Matos, Observador) (sublinhados meus)
AC

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