quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

AVIEIROS.  CULTURA  AVIEIRA
Basicamente mortos. Lembram-se de Redol?

Escaropim, Patacão, são dois dos exemplos vários onde, outrora, viveram gentes com uma força interior indomável, os avieiros. Hoje, pouco resta da cultura avieira. Basta ir procurar, de carro e depois a pé, máquina fotográfica em punho, caminhando, depara-se com quase tudo destruído ou em ruínas dos vários antigos lugares dessas gentes. Uma degradação inconsolável. Naturalmente, a marcha avassaladora do tempo, a alteração de condições de vida, esmagam muita coisa, no nosso país, lá fora também.

Como em tempos fiz, Nikon na mão, basta gastar horas de carro e uns bocados a pé para tentar descobrir as ruínas da coisa. Basta ir da Golegã a Lisboa para tentar descobrir essas ruínas (nomes entre parêntesis), tendo pelo meio Alpiarça (Azinhaga, Patacão, Barreira da Bica/ Vale de Figueira), Almeirim (Faias/ Benfica do Ribatejo), Santarém (Caneiras), Cartaxo (Palhota/ Valada), Salvaterra de Magos (Escaroupim), Azambuja (Lezirão), Lisboa.
Mas, ainda que alguma coisa venha sendo feita em certas áreas, este é um dos muitos exemplos do nosso passado que se está a perder, deixado destruir, apesar de uns pequenos e louváveis esforços. Faz pena. A estas coisas, os lobyzinhos disto e daquilo, mais esganiçadas de toda a ordem, e a que se juntam atrizes de baixa comédia, estão-se borrifando. Esta gentalha cheia de amigalhaços nos OCS e por essa via parecendo muito mais do que são na sociedade, entretêm-se em circuito fechado com as suas agendas fracturantes. É como estamos, nisto e em quase tudo.

AC 

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