COMUNICAÇÃO SOCIAL EM PORTUGAL
Referi por diversas vezes que, na minha opinião, o jornalismo nacional (no internacional detecto problemas igualmente) tem decrescido muito em qualidade, rigor, isenção, deixou-se aprisionar. Como sempre, respeito todas as opiniões. Esta é a minha.
Sem comunicação social livre e independente, assertiva, que informe com rigor, em que cada órgão OCS tenha clara área de opinião, fica a Democracia coxa, doente.
Por essa razão apenas, tenho comprado cada vez menos jornais e revistas e muito pouco canso olhos e ouvidos em frente ao televisor. Às vezes compro jornais quanto a capa me espevita, como foi o recente caso com o Tal & Qual, por causa da pouca vergonha com a utilização dos Falcon 50.
Como sempre acontece na vida, a esperança deve ser a última coisa a morrer e quanto aos OCS lá aparecem aqui e ali luzes de esperança. Tal como certos blogues me reconfortam com a sua qualidade.
Vem isto a propósito do semanário "Novo" que tenho comprado com alguma regularidade nos períodos que que estou na residência fiscal, pois particularmente na aldeia é complicado fazê-lo.
O "Novo" completou a 16 de Abril um ano de actividade. Por agora, continuo a lê-lo com gosto.
Na edição desta 6ª Feira, 22 de Abril, página 3, traz um texto de parabéns/ congratulação do Presidente da República. Marcelo salienta o toque de juventude do jornal e uma coisa com que concordo completamente, e cito - …"queria chamar à atenção para o seu papel mais formativo do que informativo, mais pedagógico que o mero recenseamento da realidade"…..
Já agora, achei curioso que Marcelo escreva no texto a dada altura - …."como se tudo isso não bastasse, irrompeu uma guerra na Europa como não conhecíamos há longuíssimos anos". Para Marcelo, longuíssimos será desde 45? Estará a esquecer-se do estilhaçar da Jugoslávia com bombardeamentos brutais e, segundo consta, tendo como uma das consequências para cima de 100000 mortos? Estará a esquecer-se das guerras desenvolvidas pelo execrável Putin desde 2000? Eu aprendi que Europa era até aos Urais!
Felicidades ao "Novo", e oxalá os OCS nacionais possam melhorar, pois desempenham papel essencial.
António Cabral (AC)
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