quarta-feira, 20 de abril de 2022

SEMPRE  A  ENGANAREM
É sabido de há décadas que, com as engenharias financeiras a nível mundial, com os offshores, com a banca internacional embrulhada nas coisas mais estranhas para pessoas decentes, etc., nunca se sabe quem são os donos reais/ verdadeiros disto ou daquilo. 
O que em Portugal se tem verificado, e tem sido denunciado nos OCS ao longo do tempo, é pequeno exemplo bem elucidativo do que refiro.

Vem isto a propósito da guerra inaceitável concretizada pela Rússia mas, concretamente, das sanções a oligarcas e gente de dinheiro a viver à grande e à Francesa por exemplo, em França e no Reino Unido, tendo património não só mas nomeadamente em muitos países Europeus e no continente Americano de Norte a Sul.

Ainda neste Domingo de Páscoa, um amigo Francês ("banquier", residindo no nosso país) me garantia e explicava que no Reino Unido não conseguem traçar com certeza garantida quem é "dono de", com algumas excepções como o ser dono de dado clube de futebol inglês e, por isso, a maioria dos anúncios de congelamento de fortunas é apenas para consolar facilmente os cidadãos/ a plebe ignara, mas é pouco real. Naturalmente, eu não me atrevi a perguntar, mas ele nada referiu quanto a França mas, está bem de ver, que a situação é certamente idêntica à do Reino Unido. Como certamente nos EUA, Mónaco, Luxemburgo, Gibraltar, Antilhas, etc.
Lembro aliás que, um dia em 1999 ou já 2000 não estou certo, estava eu em NY, vi num jornal local uma notícia referindo certo tipo de depositantes num muito conhecido banco americano. Tal como apareceu, o tema nunca mais viu a luz do dia!

Aliás, é também extremamente curioso e indicativo da realidade, pois passados que são 54 dias de horror na Ucrânia estar-se agora por exemplo em certas altas instâncias internacionais a exortar-se pela criação urgente de registos globais de fortunas. Urgente, ih....ih.....!
Primeiro, esta exortação é a confirmação (se preciso fosse) do que o meu amigo me indicou.
Segundo, cheira-me bem que não vai ter concretização prática pois, provavelmente, ia-se colocar a nu a quantidade de muitos fervorosos democratas grandes dirigentes e titulares de órgãos de soberania de muitos países igualmente com imensas fortunas escondidas por certos paraísos.
E não convém nada, não é verdade, pois começava a questionar-se  - de onde lhes veio tanto dinheiro?

O importante, não é verdade, é que os cidadãos sabem que os seus dirigentes Ocidentais, dos EUA à Europa, estão a cair a pés juntos sobre as fortunas dessa malandragem (chamar-lhes isto é pouco) chamada de oligarcas, em que vários deles devem ser testas de ferro de Putin e de outros. 
E, assim, com esses anúncios de grande indignação e grande fervor democrático, a populaça ignara fica muito contente
Mas, na realidade, pouco deve estar a acontecer, tal como continua e continuará a correr o gás e o petróleo pelos gasodutos e oleodutos. 

E não, não sou Putinista, a minha vida pessoal e a carreira bem o atestam. 
Mas não me deixo enganar facilmente, nem por insuportáveis papagaios nem por qualificados e também insuportáveis intrujões, quer os que cacarejam cá dentro quer os lá de fora.
AC

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