segunda-feira, 25 de abril de 2022

SOMOS …….TODOS, ou…... QUASE
“Somos quase todos ucranianos”, corrige Marcelo por causa do PCP

A diversão dos políticos é sempre curiosa. As "inclinações" têm dias.

A propósito da guerra na Europa, Rússia invasora / agressora, Ucrânia invadida (a ordem dos factores é esta), correm por aí manifestações e exaltações várias de, políticos, comentadores, as chamadas elites, partidos políticos, titulares de órgãos de soberania.

O papagaio-mor do reino disse que somos todos Ucranianos mas, depois, corrigiu dizendo quase todos, devido às atitudes do PCP. 

Respeito, sempre, todas as opiniões.
A minha é diferente. 
Há um agressor e chama-se Rússia, e tem um responsável primeiro, Putin, o execrável.

O Presidente da República desvaloriza a ausência do PCP na sessão parlamentar para assistir às fantasias de Zelensky. 
Eu não desvalorizo, respeito terem decidido não estar nas suas cadeiras, mas foi para mim errada essa atitude. 
Por mim, estavam sentados e depois não aplaudiam. 
Depois, a inarrável líder parlamentar podia então debitar as suas azias. Estarei errado, mas isto fazia para mim não só mais sentido como me parecia coerente.

Quanto ao petróleo e gás russo, como é obvio, são todos 100% Ucranianos os que nada importam da Rússia. 
Já não são tão amorosamente Ucranianos os que não querem cortar essas importações.

Por cá são todos Ucranianos, diz Marcelo, ele fica satisfeito com estas tiradas. 
Ele também deve continuar a ser completamente, Sírio, Albanês, Sudanês, Iemenita, Nigeriano, Maliano, Ugandês, Kosovar, Sérvio, Uigur, Siberiano, Arménio, Curdo, Palestiniano, etc. Não é verdade?

Todos sempre muito preocupados. Mas têm dias!

Serei só eu que noto certas coisas, como Guterres comunicar que vai dentro de dias a Moscovo, logo depois de uma carta tornada pública dizendo o óbvio daquele "mole" que Marcelo disse um dia ser o melhor de nós todos?

Serei só eu que noto que guerra na Europa temos há muito, e não que ela tinha acabado em 1945?

Serei só eu que noto que o mesmo empenho que houve e muito bem contra a invasão de Timor Leste por parte da execrável Indonésia não foi, por exemplo, exactamente o mesmo a favor da UNITA em Angola?
E refiro-me aos meses entre o 25 de Abril de 1974 até à independência como daí para cá.

Serei só eu que reparo que muito pouca ênfase é colocada pelo palrador - mor e outros, no facto de a nossa dívida estar em valor absoluto como estava em 2011? 

O presente é difícil, mas não se atenuam as dificuldades com esta tralha pesporrente, incompetente, parcial, burocrática, vaidosa, oca. 
Em Portugal, e lá por fora.
António Cabral (AC)

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