Sim, coitados de nós, cidadãos comuns.
Mais uma palhaçada monumental atirada para cima de toda a gente.
Falo da questão habitacional.
Mais um dos temas dado a populistas, dado a extremismos.
Anúncios, sempre anúncios, sempre a descarada ausência de vergonha nas trombas. Reações partidárias, de uma ponta a outra, qual a mais patética.
Uma das coisas que mais impressão me causa é esta bovinidade nacional, esta multidão de seguidores sempre embasbacados com o vomitar de anúncios, promessas, empenho, paixões, sem sequer se perguntarem como aparecem os milhões e milhões, sem fazerem um esforço de memória e recordarem a vigarice desde 2015 de promessas atrás de promessas, em que uma das mais emblemáticas foi a de 2016 sobre os médicos de família. Mas muitas mais houve.
Quando está mais aflito, o intrujão - mor pega num tema e aí vai ele empolgado, de maratona ou bicicleta, à desfilada, depois logo se vê. Ninguém ou quase ninguém vai daí a um ano verificar a execução dos mundos e fundos vomitados com a desfaçatez habitual.
Mundos e fundos que Marcelo apelida de melões.
Mas com Costa ou Marcelo, André ou Montenegro, Raimundo ou Catarina, estamos bem desgraçados.
Habitação, loas e mais loas. Anunciadas medidas coercivas, se bem percebi.
Mas mal que pergunte, a legislação de 2000 (socialista) não permitia já que legalmente as autarquias fizessem obras coercivas e procedessem depois como agora anunciam? Sim, estava lá.
Talvez ir a concelho por concelho (308) e verificar a realidade.
Do que conheço do meu país são muito escassos os casos concretos em que os destroços nos cascos velhos das cidades, vilas e aldeias, foram coercivamente tratados pelas autarquias.
Por razões simples, creio eu:
1º - porque teriam mais inimigos na hora das eleições,
2º - por negligência e incompetência.
Isto é Portugal.
Casas devolutas.
Eu não tenho, mas quem tem casa de férias no Alentejo, no Minho ou no Algarve, segunda habitação portanto, voltamos ao PREC?
Vou aguardar.
Portugal a poucos passos do abismo.
AC
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