sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

COMO ESTAMOS no RÚSSIA-UCRÂNIA ?
Faz hoje um ano.
Passou um ano sobre quê?
Sobre uma operação militar ESPECIAL! Say again?

Declaração de guerra não houve, isso é coisa que já não se usa. É coisa que Rússia e EUA e muitos outros não usam há muito. Não interessa!

No início desta "coisa" alguns ou muitos não faço ideia, pensaram que era uma agressão militar da Rússia sobre a Ucrânia. 
E era, foi de facto, e continua o horror, opinião pessoal naturalmente. 
Mas na minha modesta opinião logo desde o início que foi e tem sido e assim continuará por mais uns tempos sobretudo uma guerra entre os EUA e a Rússia, ainda que por procuração. 

Morrem Russos, morrem Ucranianos, morrem muitos civis, destruição em barda, provavelmente terão morrido alguns mercenários Ocidentais, como mercenários do lado Russo.
Conselheiros Ocidentais que os deve haver às centenas na Ucrânia, estarão bem resguardados. Guerra por procuração.

Provavelmente, muitos dirão que o antagonista principal da Rússia é a UE que defende "Valores". Respeito, mas discordo bastante. 
O principal fornecedor de armamento e defesa aérea tem sido os EUA. A UE e países NATO têm recebido refugiados, tem derretido dinheiro teoricamente na economia Ucraniana (quando irá para bolsos de oligarcas Ucranianos?), têm também dado armamento, mas torcem-se todos quanto a coisas mais duras. 
Mas, já agora, tudo o que o Ocidente tem dado e continua a dar, é 100 % "pro bono", de borla? Hummmm . . . 

Portugal, pela voz do cada vez mais inarrável PM e em boa parte por Marcelo que não consegue que Zelensky o aceite por lá mesmo com a oferta de uma condecoração mais que discutível (o próprio "dono" das condecorações o reconhece) querem-me (-nos) convencer que será Kiev a ditar as condições para uma paz que TARDA MUITO. 
Até a minha idosa vizinha lá na aldeia na Beira-Baixa se ri disto!

Pessoalmente estou convicto de que a política interna americana ditará cada vez mais o rumo dos acontecimentos na Ucrânia, mesmo sem haver tropas americanas no terreno. 
Sim, a política interna, dada a aproximação do período enorme em que se começarão a degladiar para as eleições presidenciais e para as intercalares para o Congresso. 
Sim, a política interna, no que respeita à economia, campo em que a guerra na Ucrânia está a trazer grandes proveitos para os EUA. 

Na UE, nos EUA, no Canadá, no Ocidente em geral, a política declarada é de não - beligerância do Ocidente. Ou seja, não declaram guerra, mas fazem-na.
Dá-me uma certa vontade de rir, como muito mais vontade de rir me deu o filho da mãe do Putin falar em operação militar especial.
Tudo isto é uma palhaçada, de todos os lados.

Palhaçada quanto às notícias das baixas de ambos os lados. 
Palhaçada sobre o que está ou não controlado pela Rússia ou Ucrânia. Palhaçada Russa quanto à anexação formal de parte de território da Ucrânia.
Palhaçada quanto às notícias de falta de munições na Ucrânia.
Palhaçada quanto à enorme superioridade militar Russa quando, o que se tem verificado para já, é o que me parece ser uma enorme incompetência Russa ao mais alto nível militar, em que a sucessão de exonerações e nomeações é apenas um dos bons exemplos de inépcia e de incompetência. 
Palhaçada na maior parte dos discursos dos líderes (???) Ocidentais que parece estimulam os tontos cá do sítio.
Palhaçada em muitos dos comentários civis e militares nos OCS.
Palhaçada quanto aos fornecimentos de carros de combate que tardarão obviamente a chegar ao terreno.

E não é uma palhaçada mas antes uma feroz guerra de intoxicação da informação no mundo Ocidental, o que se passa nas nossas TV e por esse mundo fora. 
Mas as bovinidades mundiais que não apenas a Tuga tudo engolem.

Estou pessoalmente convicto de que não há pressa nenhuma em terminar a guerra, particularmente por parte dos EUA. 
Quase parece que é por acaso, a China aparece de peito feito com um suposto plano de paz, plano que Zelensky afirmou querer ver já.

Entretanto o intrujão-mor vai fazendo declarações politicamente correctas talvez na ânsia de ver se consegue encontrar emprego. 
Em paralelo, o dinheiro (e não são bagatelas) que vai da UE para a Ucrânia irá fazer com que menos virá para países como Portugal. 
Mas andam contentinhos.
Até a minha idosa vizinha na aldeia na Beira-Baixa percebe isto.
Aguardemos.
António Cabral

Ps:
Putin clama desde há um ano que não começou ele, ele desencadeou apenas uma operação militar especial (???) porque os EUA e a NATO começaram há muito tempo. 
E fala na "nazificação" da Ucrânia, etc.
É mais ou menos isto não é sr Putin?

Pois tenho pena que o senhor, que se julga tão espertalhão e sagaz, não só pareça ainda não ter percebido o que se foi passando ao longo de décadas como sobretudo pareça ser um ignorante sobre a história mundial particularmente desde o início da II GG.
Eu explico-me ou melhor, deixo-lhe aqui a minha opinião sobre o que sempre se foi passando desde essa altura.  

Para ser muito rápido e muito superficial e indo um bocado atrás, na conferência de Berlim ao tempo de Bismark para lá das prosápias de muitos e de declarações pomposas e bombásticas sobre a elevação de conceitos e valores diversos, na realidade tratou-se de decidir como dividir pelos poderosos de então as zonas de onde extrair/ retirar tudo e mais alguma coisa para alimentar a revolução industrial no chamado hoje mundo Ocidental. Trataram dos interesses.

Depois, sr Putin, os interesses (como aliás sempre foi ao longo da históriae particularmente durante a I GG e anos mais tarde depois da capitulação da Alemanha e do Japão e da Itália, determinaram muita coisa, e os EUA como grandes vencedores da II GG trataram de se organizar tendo em vista o futuro (deles).

Breton Woods, FMI, Banco Mundial, padrão ouro "jamais", globalização, corrida ao espaço, etc., diz-lhe alguma coisa?

Depois da II GG, a sua Rússia então chamada URSS, mais os EUA e a China embora menos, trataram de ir transformando o mundo, e apareceu Bandung, a descolonização, e muitos etc.
A sua URSS fez das suas, abocanhou aquilo que constituiu a Europa de Leste, a cortina de ferro, Cuba, Américas Central e do Sul, etc., tentaram muitas coisas em África, na Ásia , nos Orientes e várias conseguiram.

Os EUA não vos ficaram nada atrás. 
Pérsia hoje Irão, canal do Suez, Israel, Médio e Extremo Oriente, Ásia, Américas Central e do Sul, e muitos etc.

E a realidade sr Putin, é que os seus antecessores julgaram que podiam continuar como durante muito tempo fizeram após a II GG. Esqueceram-se da palavra liberdade, da palavra economia, da palavra bem-estar e, tal como os Americanos, os Britânicos, os Franceses, os Alemães, etc., só trataram dos interesses mas sem cimentar a vossa base social. Contrariamente ao ocorrido no chamado Ocidente.

E esta agora se calhar vai doer-lhe: o sr e a sua Rússia assustam o mundo com o seu poder nuclear que, sendo provavelmente superior hoje em dia ao do Ocidente pouco lhe serve pois, qualquer dos lados que enlouqueça, é quase certo que "isto" se derreterá.

Mas pior, o sr é incompetente e não tem os meios humanos e materiais/ financeiros para desestabilizar como os americanos têm conseguido muitas vezes. 
Maidan diz-lhe alguma coisa?

O sr não teve nem tem capacidade para evitar a entrada de muitos para a NATO, e acossaram-no é completamente verdade, e então com a domesticação da Ucrânia Zelenskiana a coisa ficaria/ ficará preta para si do ponto de vista militar mas também económico.
Mas a realidade é que ao longo de anos após 1990 os EUA foram mais macacos, mais matreiros que o senhor e os seus antecessores. 
Além disso, parece-me que o senhor se convenceu que os negócios com a Alemanha lhe garantiam alguma coisa segura.

Como disse em ciam, isto é apenas um esboço grosseiramente superficial.  Acrescento a terminar:
O sr não é flor que se cheire.
Pergunta-me - e os americanos? Idem, claro!
Não perguntou, mas digo-lhe, Chineses idem, claro!

Boa noite vou dormir.

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