AS FORÇAS de SEGURANÇA
Se há lugar onde a indisciplina coletiva, a insubordinação e a greve selvagem são intoleráveis, ainda por cima sob o cobarde pretexto de "doença" coletiva, é nas forças de segurança. É uma contradição nos termos.
Além da pronta abertura de "inquérito urgente" ao grave incidente, que deve ser acompanhado da suspensão imediata dos implicados, só é de esperar um expedito procedimento disciplinar a concluir com uma exemplar punição, que não pode ser menos do que a expulsão para os organizadores da provocatória rebelião policial.
Ai do País onde os polícias podem insubordinar-se impunemente.
Adenda
Montenegro veio dizer que "ninguém está acima da lei". É pouco! Por definição, cabe às forcas de segurança fazer cumprir a lei, pelo que são as primeiras a ter de respeitá-la, "sem mas nem meio mas". Num matéria da gravidade destas, um partido de governo não pode ficar por frases de circunstância.
O CAOS, opinião pessoal naturalmente, está instalado, sem apelo nem agravo.
Vital Moreira, como quase sempre, reage como verdadeiro socialista/ ortodoxo arrependido como se o que vem acontecendo fosse exclusiva responsabilidade dos agentes da PSP e GNR.
Pessoalmente critico asperamente várias das coisas que estão a acontecer.
Embora me pareça haver um misto de precipitação/ desnorte da parte do ministro (que tinha uma certa auréola) depois de horas reunido com os chefes da PSP e GNR, a minha percepção (porventura errada) é de que a fronteira da insubordinação e da indisciplina há muito que foram ultrapassadas. Agora, IGAI, e mais isto e aquilo, burocracia, nada de avaliar as baixas, etc.
Mas a acção política de Costa nestes anos de governação só podiam acabar por resultar em coisas destas.
Vai ser em crescendo, com inúmeras profissões, mesmo com muitas das que têm pouca ou nenhuma força nos OCS.
A carta de Costa hoje conhecida é um autêntico bidon de 200 litros de gasolina deitado em cima deste fogo que arde e vai arder cada vez mais.
Oxalá eu esteja completamente enganado.
Ah, imaginemos mesmo que muitos agentes, 6 ou 7 mil PSP e 6 ou 7 mil GNR boicotam mesmo o processo eleitoral de 10 de Março.
Imaginemos que acontece isso, que é para mim algo totalmente inadmissível, inaceitável.
Que vai fazer Costa, Carneiro, Marcelo?
E se acabarem por ser mais que 7 mil de cada uma das forças?
Que farão? Prendem-nos? Quem os prende?
Chamam os bombeiros para acabar com o incêndio?
Chamam quem? os militares?
Ah . . . ah . . . ah . . . ah
Repare-se no que, devagarinho, está a acontecer em Braga e em Coimbra com unidades da GNR. Vai seguir-se outras, de certeza.
Repito, oxalá eu esteja completamente enganado, mas não vai tardar que isto se comece a esboroar.
Ahh . . . ah, estão a sussurrar-me ao ouvido que é tudo culpa do Passos Coelho. É capaz de ser!
António Cabral
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