domingo, 10 de novembro de 2024

QUEREM-ME CONVENCER de QUÊ ?
Coloco-me constantemente esta pergunta.
Agora a propósito destas tragédias directamente provocadas pelas pessoas que estão do INEM.
Ou querem-me convencer que a culpa é só do PM ou da senhora que está no ministério da (falta de) saúde?

Se li bem, o número de falecimentos porque não foram atendidas chamadas ou porque tardiamente algumas foram atendidas, aproxima-se da dúzia.

Já outro dia escrevi, a morte de uma pessoa sem ser de morte natural é uma tragédia, e quando as mortes se somam por determinada circunstância que não deveria ter ocorrido é uma monstruosa tragédia.
INDESCULPÁVEL!

Se li bem não foram definidos serviços mínimos.
A culpa é de quem?

Quando há uma greve anunciada, é apenas ao ministro da tutela do sector que cabe a responsabilidade de mandar definir serviços mínimos?

Quando há uma greve anunciada, é apenas à hierarquia técnica/ funcional/ administrativa do sector que cabe a responsabilidade de mandar definir serviços mínimos?

Será que também nesta greve do INEM as responsabilidades são várias mas, como convém à esquerdalhada da gritaria, toca de gritar que a responsabilidade é exclusiva da ministra da (falta de) saúde, ou só do PM, ou só dos dois?

Não gosto do político Pedro Nuno Santos.
Mas, opinião pessoal naturalmente, considero que tem toda a razão do seu lado ao apontar ao governo no seu todo e em particular ao PM e à ministra da tutela, incompetência, negligência e irresponsabilidade.
Mas devia ter explicitamente acrescentado que dentro do INEM algo esteve mal e sem ser culpa do governo.
O que se está a passar é gravíssimo.

E olho para isto pensando no que aconteceria se, de repente, um neto meu ou eu, caíssemos numa grave situação de saúde.

Estamos a assistir a uma sucessão de tragédias, na (falta de) saúde e em praticamente todos os sectores da vida nacional.

Pessoalmente estou convicto de que a direção do INEM tem responsabilidade direta na tragédia. Estou convicto de que houve negligência e irresponsabilidade.

Quanto à ministra vou ficando com a sensação de ser uma senhora muito autoritária com laivos de arrogância, não sei se característica própria ou adquirida por influência familiar.

Mas há nisto uma coisa para mim curiosa. 
Foram os socialistas que a escolheram para dirigir o hospital de Santa Maria.
Escolheram-na porque era incompetente?
Escolheram-na para meter na ordem o pessoal do hospital, desde médicos à mais simples funcionária das limpezas?

Eu sei que tudo estava muito bem e que, apenas desde finais de Março passado, 
- faltam médicos enfermeiros assistentes operacionais etc., 
- que os vencimentos são baixos, 
- que em vários locais das unidades de saúde as condições de trabalho não serão as desejáveis, 
- que foi nesse mês de Março que surgiram as enormes listas de espera para as mais diversas consultas e cirurgias, 
- que médicos começaram a passar-se para as unidades de saúde privadas, 
- que fugiram recursos humanos do INEM, etc.

Até essa altura (Março), a histeria de certa gente estava recolhida porque era o PS que governava?

E a senhora do sindicato médico que de cada vez que fala para as televisões me faz lembrar um membro do comité central, onde andava nessa altura, que inquietações tinha?

Da ministra ao BE ou à senhora do sindicato etc., venha o diabo e escolha.
A pouco e pouco, este rectângulo que uns quantos querem com Comportas e praias privadas, e asilo para milionários, prossegue lenta mas inexoravelmente para Estado falhado.
Mas devo ser eu que estou a ver mal as coisas.
AC

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