quarta-feira, 18 de junho de 2025

PRAIAS  e . . . . . o  COSTUME

Em Portugal as praias são “públicas”, disse a ministra.
Uma novidade?
Não, é assim desde sempre, não é uma novidade da Democracia, nem um favor dos governantes.
É assim, sempre foi assim. Obrigadinho ministra.

Mas por todo o país, há anos e anos, sempre aconteceram e acontecem coisas a que certas entidades fecham os olhos!

Mas os chamados empreendedores, desde os descendentes da cortiça aos fabricantes estrangeiros de sapatos e bugigangas diversas, "empreendem", lançam negócios, lançam empreendimentos em zonas fantásticas da nossa costa, e depois colocam cancelas.
Há condomínios vários, há anos.

A celeuma do presente deve-se ao denunciado entre Tróia e Melides (onde uns marmelos nacionais e estrangeiros fazem o que querem há anos) mas principalmente à zona da Comporta, concelho de Grândola, de onde agora se ouvem declarações nojentas de responsáveis. Nojentas porque as comparo com o que vi na TV tempos atrás.
E dirão, e estão certos, - não há impedimento de acesso a nenhuma praia, apenas uma regulação, pelo dinheiro a pagar pelo acesso.

Agora com pompa e circunstância anuncia-se que vai haver inspeção.
LINDO. As instituições a funcionar, certo. . . . . . errado.

O que se passou na aprovação dos ditos empreendimentos?
Terão sido dos tais PIN do homem dos corninhos na Assembleia da República?

Notavelmente o presidente da Câmara de Grândola aplaudiu entusiasticamente - uff, tiraram-me um peso de cima, queriam que fosse eu a fazer a inspeção não?

Vai ser verificado se a legalidade está a ser cumprida.

Deixem-me adivinhar: querem ver que vão descobrir que no processo de licenciamento e na aprovação dos projectos imobiliários, todas as entidades (APA, Câmara, ICNF, CCDR, etc), todas aprovaram tudo e não repararam que estavam lá as questões dos acessos alcatroados a fazer pelos empreendedores, e colocação de cancelas?

Repararam sim, seus marotos.

Depois, é claro que, como de costume nestas coisas em Portugal, quando surgem as denúncias de eventuais irregularidades a que durante tempos e tempos as entidades responsáveis fecharam os olhos, quando essas entidades são contactadas pelos órgãos de comunicação social não respondem APENAS por dificuldades das agendas, as marotas, que não lhes dão descanso, que ainda não lhes proporcionaram um tempinho para isso. 

Até se mostram ofendidos com as perguntas levianas dos jornalistas. Mostram-se perseguidos por razões políticas. TADINHOS.
A desfaçatez e a descarada ausência de vergonha nos focinhos é enorme e conhecida. 

Bom, no fim, como é evidente, verificarão que não há proibição de acesso a praia alguma.
Há ordenamento, não há o granel da Caparica. 
Mas era chato dizer - SIM, aprovei, sei que há cancelas, há que pagar pelo acesso, assim as coisas ficam ordenadas, sem caos de trânsito, etc., e a limpeza das zonas, das matas, e a segurança ficam assegurados.

Há, claro que há tribunal metido ao barulho. 
Quem construiu, e teve tudo aprovado, não quererá aceitar agora uma inversão do que tinha sido aprovado. Percebe-se ou não?

Aguardemos pelas inspeções!

Ah, já agora, será que há neste domínio necessidade de alguma reformazita? Não tem mal perguntar, certo?
AC

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