quinta-feira, 5 de março de 2015

De NOJO em NOJO até ao desastre final.
Contrariamente aos meus hábitos, que é quase não gastar dinheiro com jornais e revistas, vejo-os via NET, hoje comprei o Público, porque reparei na papelaria quando fui jogar o euromilhões, que o jornal comemorava 25 anos de existência. Salvo melhor opinião, está um exemplar interessante.
A dada altura traz uma notícia sobre a questão da transparência (???) no que se refere a divulgação de dados financeiros e dependência económica dos OCS. Li e mais uma vez neste desgraçado País nada me surpreendeu o que lá está transcrito.
Resumidamente, a plataforma que representa os cinco maiores grupos do sector terá declarado concordância com a divulgação pública de toda a estrutura acionista das empresas de comunicação social, incluindo financiamento. Parecia muito bem.
Oh diabo, mais à frente lá vem uma ressalva, chamam-lhe técnica; "é que as empresas não têm vocação investigatória sobre participações complexas".
Quem o terá afirmado, segundo o jornal, é um conhecido senhor, daqueles que tem tido muitas dificuldades na vida. E então, provavelmente, a solução será que a "identificação seja feita até onde for tecnicamente possível". Que pouca vergonha, que nojo.
Aonde chega a pouca vergonha, sobretudo vindo de um daqueles que anda sempre pelas TV a comentar quase tudo e mais alguma coisa.
Quer ele e outros e os senhores jornalistas e os deputadozinhos e o etc de toda a restante malandragem que se banqueteia à conta do OE, nenhum, cautelosamente, lembra a Constituição desta tão maltratada República.
É ir ver o Artº 39º - Regulação da comunicação Social - e verificar que a alínea b) do nº 1 diz - a não concentração da titularidade dos meios de comunicação social.
Ah, isso não interessa nada!!
Mais um nojo, com a falsa chancela da transparência, mantendo o habitual esterco escondido.
Quer dizer, para comunicar a dependência económica não há capacidade, mas para a irem fazendo já existe boa capacidade técnica. Banditagem, ao melhor estilo.
À conta do que por cá se vai passando, as fábricas de aerossóis anti-cheiro devem estar a ter lucros fabulosos. Desgraçado País.
AC

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