Esta telenovela, autêntica, e ao mais baixo nível, cada dia que passa parece mais inacreditável.
Acabo de me dar ao trabalho de assistir à audição do demissionário sub-director geral da AT e Aduaneira (creio que é assim o cargo)
Que conclusões tirar?
Como disse o deputado do BE também me fica a sensação de haver coincidências a mais.
Outra sensação que me preocupa enquanto cidadão, é que o sistema em vigor não é preventivo para todos os cidadãos e todas as empresas. E creio que o devia ser.
Sem ver o despacho que o dirigente da AT deu em Outubro passado, fiando-me portanto que o que ele leu é o despacho efectivo, nesta premissa é confrangedor verificar as distorções dos deputados, particularmente BE, PCP e PS. As intervenções dos representantes do PSD e do CDS pareceram-me tão tão tão….adiante.
O que concluir em síntese?
1. Não pode haver tantas coincidências. Não acredito. Ainda assim, e presente a premissa supra, parece-me ter fraco fundamento o folclore que atiraram para a praça pública. Estamos provavelmente , mais uma vez, na pre-campanha de casos, a que se seguirá a campanha de casos.
2. Quem esteve a ser ouvido em audiência parlamentar pareceu-me pouco convinvente, e creio que puxou um pouco ao patético.
3. O sistema tributário e fiscal devia ser rígido, duro, para TODOS.
4. Para não variar, a meu ver naturalmente, à “pala do regimento” a falta de educação imperou, particularmente por parte do BE e PS. Por parte do PCP, discordando da forma e das distorções, o deputado interpelante pareceu-me sempre educado.
Creio que é característica típica dos mal educados, julgar que ser educado é ser servil. Que não se pode ser assertivo e frontal e duro com educação e depois de cada um falar. Ah,.......….é o regimento!!!!
Uns tontos. Quanto à representação do CDS e PSD, não têm lá melhor?
AC
ADENDA 1: comecei a ouvir a audição seguinte, e consegui aguentar até começar o deputado DUARTE PACHECO.........................DESISTO!!!
ADENDA 2: depois de acabar de ouvir o secretário de estado Paulo Núncio, e não tendo ouvido todas as audições de hoje e de ontem acerca desta lamentável telenovela, e digo lamentável pelos lados do governo, dos deputados, dos demissionários/ demitidos dirigentes da AT, do sindicato e dos jornalistas que escrevem o que escrevem, vou atrever-me a acrescentar o seguinte:
1. mantenho a minha perplexidade perante todo este processo.
2. claro que um País não deve ser governado por directores-gerais, mas pretender que um dirigente máximo no País ou numa empresa, ou que numa família os mais velhos designadamente os pais, estejam sempre a sancionar tudo e todos os passos dos subordinados releva da mais pura demagogia e irrealismo. O que se exige é prevenção na acção, creio, fazendo respeitar na prática a lei. E arranjando métodos de periodicamente testar se os graus de autonomia e de responsabilidade são exercidos no escrupuloso respeito pela lei.
3. secretário de Estado e os deputados batem no peito pelos princípios constitucionais; a uns e outros diria,......pois, tem dias, consoante lhes interessa.
4. Trazer para o debate político, perdão, para as cenas entre os deputados, a autoridade tributária ou muitas outras instituições do País, revela bem a doença fortíssima que vai corroendo a sociedade portuguesa.
5. estão os cidadãos e as empresas bem protegidas? Gostava de saber que sim.
6. Está o Estado já bem protegido, dos vigaristas, daqueles que são dirigentes anos e anos a fio, dos culpados disto tudo, dos vários donos disto tudo, dos éticos da responsabilidade, dos pais da Nação, dos que nunca foram políticos mas estão nela há décadas, dos que só se insurgem quando os seus não estão no poleiro? NÂO
AC
ADENDA 3, depois de mais matutar no assunto:
1. O secretário de Estado abespinhou-se com o representante do BE, porque ele referiu que um dos demitidos tinha ligações ao CDS e o outro mais ao PSD. Abespinhou-se porque aquela forma de actuação (carimbando politicamente elementos da AT) era do ponto de vista do SE completamente errada. De certa maneira concordo com o SE.
Mas, ...........provavelmente o deputado do BE não inventou nada, e se é errado, do meu ponto de vista naturalmente, na praça pública trazer para a luta partidária questões que deviam estar fora do combate político, a realidade histórica parece mostrar que os partidos, em fases diferentes destes 40 anos, assaltaram e tomaram o poder nos sindicatos, e da maioria das instituições do Estado, senão todas.
2. Isto dito, quem me garante a mim que o sindicato envolvido nesta questão não se lançou para esta denúncia porque, em parte, a quantidade de funcionários com processos é cada vez maior?
E os processos levantados terão a ver apenas com possíveis parvoíces que funcionários possam ter feito por iniciativa própria ou a mando de outrem ou, também e sobretudo, por serem incómodos ao não pactuar com certas ilegalidades?
3. A terminar, e não é a primeira vez que o digo, quando vejo algum político com ar muito sério, batendo no peito e invocando as coisas mais nobres e mais constitucionais, fico logo desconfiado. E depois, quando se vai ver quais foram os antecedentes de jurista e de fiscalista, por exemplo, ou que negócios tiveram antes de estarem nos governos, então aí fico quase sem dúvidas.
4. Aliás, uma das coisas que me surpreendeu ligeiramente, foi verificar que à enfâse constante do SE de "fiscalista e jurista", nenhum deputado dos que se quis assanhar mais contra ele passou da trivial patetice "então como é que não sabia" para uma coisa do género - "o senhor, com o currículo de fiscalista que bem se conhece antes de entrar para o governo, e de que se orgulha, que sabe como se fazem certas coisas, nunca o preocupou que no âmbito da AT se pudessem desenvolver processos à margem da Lei?""
Vá lá saber-se porque os deputados nunca usam artilharia da grossa. Estranho, não será?
Enfim, uma lamentável telenovela.
AC
ADENDA 1: comecei a ouvir a audição seguinte, e consegui aguentar até começar o deputado DUARTE PACHECO.........................DESISTO!!!
ADENDA 2: depois de acabar de ouvir o secretário de estado Paulo Núncio, e não tendo ouvido todas as audições de hoje e de ontem acerca desta lamentável telenovela, e digo lamentável pelos lados do governo, dos deputados, dos demissionários/ demitidos dirigentes da AT, do sindicato e dos jornalistas que escrevem o que escrevem, vou atrever-me a acrescentar o seguinte:
1. mantenho a minha perplexidade perante todo este processo.
2. claro que um País não deve ser governado por directores-gerais, mas pretender que um dirigente máximo no País ou numa empresa, ou que numa família os mais velhos designadamente os pais, estejam sempre a sancionar tudo e todos os passos dos subordinados releva da mais pura demagogia e irrealismo. O que se exige é prevenção na acção, creio, fazendo respeitar na prática a lei. E arranjando métodos de periodicamente testar se os graus de autonomia e de responsabilidade são exercidos no escrupuloso respeito pela lei.
3. secretário de Estado e os deputados batem no peito pelos princípios constitucionais; a uns e outros diria,......pois, tem dias, consoante lhes interessa.
4. Trazer para o debate político, perdão, para as cenas entre os deputados, a autoridade tributária ou muitas outras instituições do País, revela bem a doença fortíssima que vai corroendo a sociedade portuguesa.
5. estão os cidadãos e as empresas bem protegidas? Gostava de saber que sim.
6. Está o Estado já bem protegido, dos vigaristas, daqueles que são dirigentes anos e anos a fio, dos culpados disto tudo, dos vários donos disto tudo, dos éticos da responsabilidade, dos pais da Nação, dos que nunca foram políticos mas estão nela há décadas, dos que só se insurgem quando os seus não estão no poleiro? NÂO
AC
ADENDA 3, depois de mais matutar no assunto:
1. O secretário de Estado abespinhou-se com o representante do BE, porque ele referiu que um dos demitidos tinha ligações ao CDS e o outro mais ao PSD. Abespinhou-se porque aquela forma de actuação (carimbando politicamente elementos da AT) era do ponto de vista do SE completamente errada. De certa maneira concordo com o SE.
Mas, ...........provavelmente o deputado do BE não inventou nada, e se é errado, do meu ponto de vista naturalmente, na praça pública trazer para a luta partidária questões que deviam estar fora do combate político, a realidade histórica parece mostrar que os partidos, em fases diferentes destes 40 anos, assaltaram e tomaram o poder nos sindicatos, e da maioria das instituições do Estado, senão todas.
2. Isto dito, quem me garante a mim que o sindicato envolvido nesta questão não se lançou para esta denúncia porque, em parte, a quantidade de funcionários com processos é cada vez maior?
E os processos levantados terão a ver apenas com possíveis parvoíces que funcionários possam ter feito por iniciativa própria ou a mando de outrem ou, também e sobretudo, por serem incómodos ao não pactuar com certas ilegalidades?
3. A terminar, e não é a primeira vez que o digo, quando vejo algum político com ar muito sério, batendo no peito e invocando as coisas mais nobres e mais constitucionais, fico logo desconfiado. E depois, quando se vai ver quais foram os antecedentes de jurista e de fiscalista, por exemplo, ou que negócios tiveram antes de estarem nos governos, então aí fico quase sem dúvidas.
4. Aliás, uma das coisas que me surpreendeu ligeiramente, foi verificar que à enfâse constante do SE de "fiscalista e jurista", nenhum deputado dos que se quis assanhar mais contra ele passou da trivial patetice "então como é que não sabia" para uma coisa do género - "o senhor, com o currículo de fiscalista que bem se conhece antes de entrar para o governo, e de que se orgulha, que sabe como se fazem certas coisas, nunca o preocupou que no âmbito da AT se pudessem desenvolver processos à margem da Lei?""
Vá lá saber-se porque os deputados nunca usam artilharia da grossa. Estranho, não será?
Enfim, uma lamentável telenovela.
AC
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