terça-feira, 17 de março de 2015

A propósito do tristemente famoso preso preventivo nº 44
Sobre este caso, os portugueses estão a ser diariamente bombardeados com as mais variadas notícias, desde as bombásticas ás que dizem coisa nenhuma, ou as que procuram esclarecer alguma coisa. Depois temos o CManhã com os seus sensacionalismos que, para o meu gosto são, na maioria dos casos, de uma tristeza confrangedora.
Mas temos coisas também interessantes, para mim, naturalmente.
Temos o baterista guitarrista quase dono de muita coisa com as suas entrevistas de um fito só.
Temos advogados a palrar em todos os sentidos, a favor, assim assim, e contra.
Temos jornalistas a despejar oratória quase sempre inconsequente.
Temos assessores e ex-assessores de vários senhores a dar os seus palpites.
Temos jubilados que se levam ás costas de si próprios a falar majestaticamente.
Mas, o mais interessante para mim é ouvir e ler vários professores de direito a discorrer sobre o assunto.
E também a propósito do nº 44, diverte-me imenso a colocação de questões potencialmente controversas sobre matérias de direito, sobre imprecisões de códigos, sobre competências de tribunal A ou B para apreciar, sobre se - conde uma vez, conde para toda a vida!
É que como cidadão comum, e atento o historial destes 40 anos em que em 99,99% dos casos todos nacionais a culpa morreu solteira, não posso deixar de me interrogar sempre e cada vez mais, sobre os porquês de tanta barulheira, desde os vários do folclore aos que tentam professoralmente atingir os mesmos fins dos do folclore.
E também neste caso aparece a questão  da independência dos OCS ou falta dela, as asfixias democráticas ou antidemocráticas.
Uma coisa eu acho decisivamente engraçado: ver a quantidade de pessoas a enfurecer-se cada vez mais com os comentadores ligados ao PSD.
Engraçado, por exemplo, ler o prof Vital Moreira referir-se no seu blogue (que sigo com atenção e respeito) aos comentadores monopolistas do PSD em que dois foram líderes do PSD. Está certamente a referir-se a Marques Mendes e Marcelo R. Sousa.
Quando acho engraçado, e respeitando sempre as opiniões alheias, para quem vê muito pouco televisão ainda assim não me parece que o PSD esteja favorecido. Por exemplo, aos três comentadores apontados eu junto muitas outras pessoas, do PSD, do PS, e por aí fora.
Querem exemplos? Manuela Ferreira Leite, Antonio Vitorino, Santana Lopes, Rui Pereira, e outros em programas variados, ligados ao BE, e ligados ao umbigo de si próprios.
Para mim, que pouco sigo as TVs, parece-me mais importante a qualidade do que dizem os comentadores e jornalistas (ou orientação conhecida destes, ah isso já não interessa nada?) do que as suas ligações.
Pela minha parte, respeitosamente, vi talvez os três primeiros de Marques Mendes e decidi não perder mais tempo, vi algumas vezes Marcelo, e vejo algumas vezes Ferreira Leite.
Mas perco pouco tempo com todos eles e com vários dos senhores jornalistas. Não perco tempo com o resto.
E não ligo à espuma dos dias, incluindo os congressos da moda promovidos por quem só se começou a revoltar em meados de 2011. Eu é que não perdoo aos que se apoquentam apenas quando está no governo o PSD, ou o PS, ou o PSD /CDS.
AC

Sem comentários:

Enviar um comentário