segunda-feira, 16 de março de 2015

O Jornalismo está em crise, ou não?
Como sempre, haverá quem afirme que sim, e outros que não.
O meu sentimento, e de há muito tempo, é que a esmagadora maioria do que nos é oferecido nos jornais e nas TV's (rádios ouço quase só Antena 2), é de muito má qualidade, qualquer que seja a perspectiva por que se olhe.
Jornalismo de investigação, independente, sério, e com profundidade, por exemplo, há muito pouco. Naturalmente, aceito que possa estar a ver mal a questão.
Na minha recuperação de muitos dias parados quanto a pesquisas na NET e pelo papel que pouco compro (ainda não lido), li um interessante artigo no Público de 5 de Março acerca do jornalismo. Escrito pela senhora jornalista Bárbara Reis. Que afirma à cabeça, que o jornalismo não está em crise, mas sim o modelo de negócio.
O jornalismo estará mais exigente hoje, como procura explicar a directora do Público.
A dada altura, refere por exemplo, que - o Público tem em 2015 mais leitores do que alguma vez teve na sua história! Este simples cidadão, ao ler isto, foi buscar à memória que, diz-se, o jornal Público tem prejuízos sucessivos e, talvez por desporto, a SONAE/ família Belmiro de Azevedo o mantem apesar de tudo.
Quanto ao jornalismo perder arrogância, tenho as minhas dúvidas.
Concordo completamente com a senhora directora do Público quanto à expressão - DANTES É QUE ERA BOM! Creio que dantes, antes do 25 de Abril, tal como nos primeiros 3 ou 4 anos após essa data, houve bom e mau jornalismo, bons e maus profissionais, sendo que alguns dos mais velhos passaram as passas do Algarve à conta da censura/ lápis azul.
A procura da verdade deveria ser o Norte, a estrela Polar do jornalismo. Doesse a quem doesse.
É usual invocar o tempo em que o Expresso maltratava (???) o então PM Balsemão. Adiante.
O trabalho do jornalismo é decisivo para uma sociedade sadia e equilibrada.
Olhando ao País de 1991 até ao presente, o jornalismo não deu também um certo contributo (mau?) para o deplorável estado em que estamos?
Quando passo em revista os meus arquivos, aqui e ali vou relendo que alguns senhores jornalistas parece que só descobriram certas coisas de repente. Quando tudo começou bem lá para trás.
A questão do modelo de negócio é extremamente interessante.
Sigo com o maior interesse as movimentações dos seis maiores DONOS dos OCS.
E não deixo de notar que para lhes entreter os serões, está sempre ali à disposição o baterista e guitarrista do costume.
Relevem estes pensamentos em voz alta. Uma coisa é certa, para mim. Sem OCS livres e independentes, não existe sociedade livre, sadia, equilibrada.
Ora a nossa creio que já esteve bem melhor.
Os senhores jornalistas não têm culpa nenhuma no cartório?
AC

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