terça-feira, 25 de outubro de 2016

A PROPÓSITO do IMOBILIÁRIO e do IMI
Os rapazes que actualmente nos desgovernam, na senda dos anteriores mas piorando, ditam garrotes fiscais vários. Mas sempre numa de estabilidade fiscal!
Acham que o que estudaram pode não ser verificado face ás realidades do nosso País.
Salvo melhor opinião, não há nada como confrontar as medidas da sucessiva banditagem com a realidade.
Como acontece com todas as famílias, a marcha inexorável da vida faz com que as pessoas nos vão deixando.
É das realidades da vida pensar o que fazer com o que cá deixam. Em muitos casos, infelizmente, pois Portugal sempre foi um País pobre, deixam pouco ou nada, algumas vezes só chatices e dívidas.
O grupo dos que deixam muito é muito pequeno.
Conheço directamente um caso, em que uma pequena vivenda com basicamente quase 50 anos, numa cidade pequena, ficou vazia em 2010. A dona faleceu.
Como o Portugal da III República assim o incitou, eu e restantes herdeiros tendo cada um modesto e normal andar T3 (não há muito acabado de pagar ao banco)  decidimos colocar em venda o imóvel. Houve logo quem dissesse que valia mundos e fundos. 
Eu, com o meu famoso nariz empinado, logo disse o que pensava, sobretudo tendo em conta a avaliação das Finanças de 2009 (que nem lá foram a casa), e a realidade que se adivinhava (menos para os restantes familiares).
A avaliação por parte do Fisco só dava vontade de rir; a localização, e mais isto e aquilo.
Na família, "a casa está muito boa nem precisa de obras". Completa ausência de noção das realidades.
A realidade é que, se não surgisse de repente uma família aflita, porque ao lado da casa (paredes meias) onde viviam montaram uma tasca/ bar com barulheira até altas horas, a casa continuaria por vender, mesmo que se tenha a pouco e pouco descido o montante inicial. Foi vendida por essa razão, apenas e com muita sorte para nós, e por menos 30% do preço definido em Outubro de 2010. Seis anos depois!
Ah, e não precisava de obras. 
Pois não, é só ver ao fim de 3 meses o que lá têm feito, pinturas, reparações várias, etc. Ver como está agora, que se mudaram finalmente para lá.
Isto dito, estou a imaginar que este governo e os sucessivos, sejam de que cor forem, vão tratar de em acelerado mandar fazer reavaliações à distância, no gabinete, para todos e qualquer bem imobiliário, de rico ou de remediado. 
Pois é preciso chupar, como recomenda a famosa Estrela Serrano.
Mas numa coisa concordo com ela: porque carga de água, as brutais mansões que se encontram no Algarve, nas montanhas do Centro e Norte do País, que têm os alicerces em solo português, não hão-se ser fortemente penalizadas no plano fiscal lá porque estão em nome do offshore do sobrinho? Há que chupar nesses.
AC 

Sem comentários:

Enviar um comentário