terça-feira, 25 de outubro de 2016

É O QUE TEMOS, DESGRAÇADAMENTE .......
De acordo com o que se vai lendo, está de passagem junto das nossas barbas e de outros, uma esquadra, uma força naval da Rússia. Supostamente, para ir contribuir para mais batatada na Síria.
São os iates do Putin, como jocosamente designou um amigo meu.
Para dar prova de vida, o actual titular do designado Ministério da Defesa Nacional, naquele seu estilo a roçar o ridículo, veio descansar, desvalorizar, etc.
O senhor, tido como grandiloquente em matérias de relações internacionais e coisas do mundo geopolítico, veio botar cá para fora umas trivialidades que nem ao comum dos cidadãos deve ter impressionado. Mas mostrou que está vivo.
Estas coisas tem que ser tratadas com um mínimo de honestidade intelectual, com um mínimo de realismo, com cuidada ponderação, e por quem é conhecedor.. E não é possível num blogue escalpelizar este tipo de assuntos, nem tão pouco serem tratados numas baboseiras para os jornalistas de trazer por casa. Jornalistas? São apenas verdadeiros pés de microfone.
São assuntos sérios, complexos, e que têm muitas vertentes. 
Na eventualidade de, falta de senso no mundo geopolítico o que parece estar a acontecer, falta de prudência, esquecimento de que nestas coisas se deve deixar sempre uma porta aberta para encontrar saída para uma qualquer crise, o que pode e parece ser uma demonstração do tipo "agarra-me se não vou-me a eles", pode eventualmente complicar-se. Com estas coisas pouco ou nada se deve brincar. Complexidade e muitas vertentes, portanto.
Geopolítica, naturalmente. 
Que real valor militar nas unidades navais, sim. 
Que capacidades logísticas efectivas de apoio a essa esquadra, sabendo-se nomeadamente o estado deplorável de operacionalidade de muitas dessas unidades, naturalmente. 
Ainda assim, não desvalorizar o potencial militar, não convém.
Que capacidade efectiva de intervenção nos combates na Síria, alguma terão, certamente.
Que jogo está em cima da mesa, por parte de Putin? Hum.....
Que acordos com Irão, China, por exemplo?
Que reacções se estão a formar nos EUA, em diferentes patamares das estruturas civil e militar, nesta época de tolos Trumpianos e tolas Hillariantes?
São assuntos muito sérios. E parece que vai havendo muita crispação em vários corredores por esse mundo fora. Convirá tomar atenção.
Corredores que nada têm a ver com a patetice vivida nos que  existem no 7º andar do edifício fronteiro ao estádio do Restelo.
Ah, a propósito, há décadas que se seguem movimentações de esquadras, russas, chinesas, americanas, etc, e até de navios de investigação científica estrangeiros que, muitas vezes, procuram andar por zonas da nossa ZEE onde supostamente não estavam ainda autorizados, ou são encontrados fundeados no banco Gorringe, etc.
Por isso, não se assustem.
Assustem-se antes com o esbulho que continuam a fazer aos nossos bolsos.
AC

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