domingo, 13 de setembro de 2020

A PROPÓSITO de ÓBITOS

A sociedade portuguesa apresenta cada vez mais facetas que podem e devem mesmo remeter para meditação, profunda. 

Nuns casos, fazem-se encómios enormes em que, depois de muito esgravatar no passado, se descobrem incoerências enormes de quem levanta essas loas mas, lá está, é o politicamente correcto, é a moda, é o que mandam as "madrassas" e este crescente nojento jornalismo (???).

Há até cartas abertas a defuntos, cartas que vale a pena ler e reler para ir depois lá atrás verificar certos factos, há até recomendações para irem ver o facebook da querida. Ah, e naturalmente, evoca-se sempre.

Em outros casos, fica-se pela comunicação simples, desejam-se sobriamente as condolências à família, e não aparecem quaisquer comentários sobre o passado do desaparecido, mesmo que tenha tido  papel relevante na sua profissão.

É conhecido que, em regra, um falecido passa no segundo imediato ao passamento a ser um notável.

Mas ultimamente tem havido exemplos a roçar o caricato, mas é como estamos. Por outro lado, alguns vultos da cultura, por exemplo, quase nada merecem, a menos que, pouco que tenha sido, tenham pertencido à clientela ou à clientela.

Como a memória é bem escasso, e as madrassas mandam é combater e controlar as mentes, não é difícil apesar de tudo com recurso a arquivos e NET encontrar mazelas de carácter mesmo em criaturas que são agora elevadas aos ceús.

Sim, porque convém lembrar, todos sem excepção têm defeitos e qualidades. Depois, é uma questão de verificar as proporções de uns de de outras. Ah, e já agora, talvez valha a pena verificar, também, quem se tenta corrigir e minimizar defeitos, quem tenta melhorar ao longo da vida. Ou fica a garrado ao silêncio porque não convém elogiar outrem ou fica agarrado à moda.

AC

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