sexta-feira, 7 de maio de 2021

AINDA  a  PROPÓSITO  do  CENSOS  2021

Há poucos dias fiz referência ao Censos 2021 e à simplicidade e facilidade em tratar deste assunto. E foi rápido, sem complicações, pelo menos cá em casa.

Surpreendeu-me, e não me devia ter surpreendido, que aparecessem dois campos pré-preenchidos, os respeitantes aos m2 quadrados da minha habitação e das garagens.  E terminei esse post com a observação referente ao " Big Brother".

Tenho pensado um pouco mais nisto. Na fase da nossa vida temos quase todos cartões para uma série de coisas. O cartão para pagamentos multibanco que há cerca de 8 meses troquei antes de acabar o prazo de validade para ficar com um "touchlesss" por causa do "bicho". Depois, o de crédito Gold que não é usado há eternidades. O do ACP, o do Cidadão, o do "El Corte Inglês", a carta de condução, o multibanco da conta comum CGD com a minha mãe, e mais uns quantos como Circulo de Leitores, sócio disto e daquilo. Não tenho nenhum de lojas e etc. Ah, mais a caderneta  da conta bancária comum com a minha mãe.

Depois, para comodidade pessoal, electricidade, gás, telefones, água, seguros, etc., etc., tudo em débitos directo. Acresce o fisco a remeter-me o IMI e etc.

Acresce a Via Verde, que é de uma grande comodidade, pois evito estar nas filas para pagamento do estacionamento em grandes superfícies, não paro nas portagens, não tenho de ir procurar as caixas de pagamento nas ruas. Tem um contra, sabem por onde ando, sempre! 

Se, algures na máquina do Estado alguém fizer cruzamentos, sabem muito da minha vida.

Não me suscita dúvidas a necessidade de periodicamente devermos saber quantos somos. Parece haver quem se questione  que estão dentro do rectângulo muitas pessoas que não têm a maioria destes cartões. Mas, mal que pergunte, quantos portugueses não têm cartão do cidadão? 

No que respeita aos cidadãos que andam a apanhar amêijoa no Tejo, a esmagadora maioria em situação ilegal, isso não devia ser tratado e combatido com rigor e com vigor pelas autoridades, que continuam a fechar os olhos? 

Para os de Odemira, ciganos, chineses, tailandeses, afegãos, africanos, não devia ser a mesma coisa? E porque continua a PSP e a GNR a não andar em cima da gentalha que conduz carros em estado deplorável, e que não ostentam no pára-brisas nada que indique a inspeção e o seguro a que os cidadãos estão obrigados? E a segurança do comum dos cidadãos que pode ser abalroado por gente desta? Só falta virem-me dizer que tudo isto é falta de respeito pelos direitos humanos, xenofobia, racismo, etc. Ah, porque se tratassem disto tudo que aposto que me diziam que tínhamos um estado polícia. Tenham vergonha.

Se falo nisto é exactamente também a propósito do CENSOS. Sim, que jeito tem quererem saber se aqueço a casa no Inverno? Se ouço bem ou entendo os outros, quando muita coisa fundamental não é feita para os milhares de outros que por cá andam alegremente, em grande parte ilegalmente ? 

É que eu cada vez mais me revolto contra estes vigaristas que empregam toda a família, não asseguram a segurança dos cidadãos em geral, não combatem a criminalidade a sério a não ser os que roubem cebolas, que propiciem que bandidos que pedem desculpa por certas coisas a seguir tenham o desplante de dizer que nada viram, ou então a pouca vergonha dos indigentes que vivem com dificuldades em Paris.

Censos ? Proteção de dados pessoais ? Punição com coimas por dados inexactos ? Legalidade ? Constitucionalidade ?

Cambada de malandros, vigaristas, corruptos activos, corruptos passivos, desonestos, fantoches, criminosos, abusadores dos seus poderzinhos funcionais. Sociedade equilibrada, igualdade de tratamento ? POIS !

Como agora vou constatando a propósito do lar e da minha mãe, onde obtenho o mais ensurdecedor silêncio às minhas perguntas, endereçadas à DGS, à delegação de saúde e por aí fora. Fazem o que querem e não dão respostas a ninguém.

António Cabral (AC) 

Sem comentários:

Enviar um comentário