MAIS UMA DE COSTA
Costa revela que quer um Governo mais curto em entrevista à CMTV. Fecha a porta à geringonça e ao PSD, apela a uma maioria absoluta e promete apresentar o mesmo Orçamento que foi chumbado.Nada impede que as pessoas digam tudo e o seu contrário em curtíssimo espaço de tempo. António Costa, por exemplo, esta noite foi desmascarado por Ricardo Araújo Pereira, mostrando que em 2015 pedira maioria absoluta. A asneira é livre e a vigarice também.
O que é lamentável é haver ainda tantas centenas de milhares de meus concidadãos que, é o que me parece, não castigam no voto as indecências, as vigarices, as pouca vergonhas dos políticos, deste e de todos os outros sem excepção, de todas as cores.
Esta questão da constituição dos governos, em que salvo erro Costa bateu todos os recordes (ministros e secretários de Estado, para não lembrar as hordas de assessores de gabinetes) é pecha em que Costa não tem/teve monopólio.
O que quero realçar é este encolher e alargar do número de ministros, há anos. Por exemplo, já tivemos e deixámos de ter ministro do mar. E há mais exemplos.
Tudo na vida tem qualidades e defeitos. Mas, o caso dos EUA, parece-me interessante. Os ministérios lá são sempre os mesmos. Por lá não lhes chamam ministros, são Secretários: de Estado, Defesa etc.
Naturalmente, argumentarão alguns, ao longo dos tempos (e o final do século XX e o actual isso demonstram) surgem problemas novos, desafios novos. A minha dúvida é se isso justifica alterações orgânicas profundas. Estou a recordar-me da tirada de Guterres com a sua paixão pela educação (!?!?), e que as pessoas não são números (o que devia ser tido sempre em conta).
Por mim parece-me evidente que haverá sempre à superfície da Terra os mesmos "blocos" nas sociedades isto é, terem de lidar com: indústria, agricultura, economia, finanças, segurança interna, habitação, ordenamento do território, cultura, educação, saúde, etc
Será que um dos muitos sinais de que Portugal continua a ser um país estranho, pouco desenvolvido, avesso a decisões profundas para mudanças reais capazes de enfrentar desafios, riscos, ameaças, é exactamente esta cena das orgânicas governamentais em que fica sempre o cheiro a, inércia, falso modernismo, compadrio, amiguismo, moda parola?
Oxalá eu esteja enganado.
AC
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