quinta-feira, 13 de outubro de 2022

EUA, RÚSSIA, CHINA, ÍNDIA, TURQUIA … 
E os outros?
UE? Irão? Médio e Extremo Oriente? África?
Bem, na realidade não faço ideia do que se irá passar daqui em diante.
Mas deixem-me dizer umas eventuais tolices. 
Mas como espécie de introdução, uma coisa não me parece tolice e é esta: creio que no fundo à pala da guerra na Ucrânia está a germinar  uma nova ordem mundial. Ou a tentar-se.

Para continuar, uma breve referência a realidades da vida.
Alguns, como por exemplo diplomatas, ou ligados ao ICEP, ou militares, tiveram a possibilidade de ao longo das respectivas carreiras passarem algum tempo no estrangeiro em representação do país. 

Como sempre acontece, alguns serviram-se, mais do que servir. Aconteceu até, a alguns, irem para um lugar que inicialmente não lhes estava destinado para assim outros poderem usufruir do bom lugar prometido a outrem acumulando com possibilidade de bom emprego para a família. Aconteceu até, a alguns, não irem para a embaixada que queriam porque quem decidia não se comovia com subserviência e cor. 

Outra perspectiva (seria mais benzoca dizer "nuance"?), a fase da vida então vivida teve diferentes efeitos nas diferentes cabeças: deu-lhes "mundo", experiência, em alguns casos ficou-lhes prosápia e, em vários que hoje falam e escrevem, vai parecendo que ficaram amarrados ao que então os extasiou. Trigo e joio não separam, nuclear e acessório não distinguem. E não reparam que o relógio não parou.

Outro aspecto a bovinidade. Há imenso tempo que a isto me refiro, ninguém se interroga a sério, ninguém se revolta a sério. Engole-se tudo. Depois, chamam azedos a alguns como eu. O engraçado é encontrar alguns que depois dão palmadinhas nas costas, a elogiar a assertividade. Já aqui falei destas e outras coisas e há bem pouco tempo nas questões da manipulação.
Quando olho para os reflexos na sociedade portuguesa daquilo que deve ser a "cidadania" aflige-me, pois a maioria dos meus concidadãos sucumbe à manipulação das mentes, à arma da comunicação. 
Se bem conheço uns quantos, ficam muito zangados por eu salientar a mentira que sucessivamente sai da boca de grande parte dos titulares de órgãos de soberania. Tanto tenho falado sobre a informação livre do poder. Queixam-se, mas parecem preferir o respeitinho serôdio.

Mas nesta questão do nosso mundo, estou a lembrar-me das cenas que ao longo dos anos se repetiram e até há bem pouco tempo, concretamente as cenas no rescaldo das diferentes eleições em Portugal: sempre parecendo que ninguém perdeu. 

Ora na guerra que grassa na terra Ucraniana, pode perguntar-se: quem vai ganhar? Quem vai perder?

Pessoalmente, tenho para mim que o planeta terra não vai ganhar. 

Aparentes derrotados, Federação Russa/ Rússia, os poucos que a apoiam, talvez a União Europeia (UE). Refiro a UE pois, como agora  lembrou Merkel em Lisboa, no seu tempo de governante Alemã fez sentido abarcar UE e Rússia e não só designadamente no que respeitava aos combustíveis. UE junta com Rússia e porventura mais alguns poderia constituir um bloco muito forte? Certamente.

Aparentes vencedores, EUA, UK, Canadá. Mas……….é melhor aguardar.

E a China? E a Índia? E a Turquia?

Dizem por aí uns tidos por muito entendidos que a Rússia deve estar quase exaurida de mísseis e munições de artilharia entre outras coisas. É capaz de corresponder à realidade, mas palpita-se que não são os únicos a começar a ver paióis menos cheios.

Entretanto, pelo que noticiam e não vi desmentido, o Irão tem despachado "drones" suicidas para emprego pelas forças Russas e parece que com bons resultados. 
Entretanto, da parte da Turquia terá havido coisa semelhante para as forças ucranianas. 
Entretanto, se calhar, vão fornecendo a ambos os lados….. enfim.
 
A minha muito idosa mãe vaticina com frequência - o mundo está doido.

Ora a luta pelos interesses prossegue, e com palavreado bonito e muito politicamente correcto e com discursos pelo virtual, a realidade mostra que são os desgraçados a morrer, a sofrer. Os interesses nada se preocupam com isso. Os interesses apreciam as amestradas como a Ursula.

As votações na ONU são num determinado sentido, de grande e óbvia condenação do execrável Putin. Mas nisto há muito mais coisas.

Como continuarão a aceitar as lutas pelos interesses, os fornecedores de petróleo no Médio e Extremo oriente?
Com que olhos estão a olhar para isto tudo, Irão, China, Turquia, Índia?

Como encaram tudo isto e mais as consequentes inflação, estagnação, pobreza pornográfica, exploração, os países por esse mundo fora?

A propaganda, a manipulação, o acreditar em tudo o que vomitam constantemente pelas TV, continuará a resultar como resultou até aqui?
Aguardemos.
António Cabral (AC)

Sem comentários:

Enviar um comentário