quinta-feira, 8 de junho de 2023

AZARES
Creio que ainda não passaram dois anos que uma ex-ministra mais um ex-director-geral mais três criaturas chegaram para almoçar poucos minutos depois de eu me ter sentado, num muito conhecido restaurante perto da Gulbenkian.

Para meu azar sentaram-se na mesa atrás de mim. 
A minha mulher teve mais azar, pois se eu estava de costas para as criaturas, ela vi-os de frente. 

Azar não porque denotassem que não tomavam banho, nada disso, mas azar porque eram (e são) daquelas criaturas que gostam de se fazer notar e ouvir em local público onde estão outros cidadãos, sobretudo com as risadas alvares. Noção de uma certa reserva e continência verbal . . . . 

Lembrei-me desse almoço ao andar a vasculhar "sítios" da poderosa máquina do Estado, infiltrada e dominada que está por uma série de gente que, cada vez mais, demonstra uma confrangedora ausência de respeito pelo próximo, princípios, sanidade mental, sentido das proporções, profissionalismo sério, honestidade intelectual, noção das realidades. 
Gente que, pelos vistos, detestará por exemplo festas populares, confraternizações, cultura popular e ancestral.

No caso citado no início, e como acontece com todos os seres humanos, verificou-se que nem tudo nas criaturas podia ser considerado defeito.
Pelos vistos apreciavam bons pratos de bacalhau.
AC

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