terça-feira, 2 de janeiro de 2024

CONCORDO
(Com estes comentários de João Gonçalves, JN)
(sublinhados da minha responsabilidade)

Este jornal trazia anteontem uma sondagem curiosa. Perguntava-se aos “sondados” o que pensavam dos oito anos que António Costa levou de primeiro-ministro. 41% deram-lhe positiva, o somatório de 30% de “bom” com 11% de “muito bom”. Já na “evolução” do desempenho de Sua Excelência ao longo dos últimos meses de 2023, Costa é arrasado pelos referidos “sondados”. Por exemplo, de Janeiro a Outubro, ficou sempre acima da fasquia dos 50% de avaliação negativa.

Por outro lado, quando perguntados acerca da eventual participação do ex-secretário-geral na futura campanha eleitoral, 48% contra 39% acham que ele não deve aparecer. De facto, o PS e os seus agentes, dentro e fora da comunicação social oficiosa, estão a tentar fazer de Pedro Nuno Santos o exemplo do “novo homem socialista”, à semelhança do que Estaline pretendia fazer dos seus coevos. Porém, Santos sempre entrou nestas contas. Recordo que foi só há cerca de um ano que ele largou o Governo depois de ter, nas suas extraordinárias palavras, “salvado” a TAP. Com os milhões dos contribuintes que lá enfiaram, como é que a coisa não se “salvava”?

Aliás, ele insiste que o Estado deve ter uma companhia de aviação, entre outros “brinquedos” igualmente de milhões. É uma velha pecha socialista: o dinheiro aparece sempre. Em geral, em proporção directa com o que desaparece linearmente dos bolsos de toda a gente. Veja-se o que começa a suceder já hoje com os preços de bens e serviços essenciais. Nunca menos de 10% de aumento. Santos prossegue, pois, o embuste de Costa. Uma sociedade dependente, aldrabada e aldrabona, com uma cultura cidadã de superfície, falaciosa, ignorante e sectária, numa constante aposta na infantilização dos portugueses que apreciam ser seduzidos pela “facilidade”.

Não é por acaso que, na sondagem com que comecei esta crónica, são os militantes do PS e os mais velhos que ficaram contentes com os oito anos de “costismo-pedronunismo”. Passei até por um cartaz do PS, com o rapazola, e o dizer “Portugal inteiro”. Que é como quem diz: nada. Na verdade, tudo se precipitou, não por causa de uma frase absolutamente inócua de um comunicado da Procuradoria-Geral da República - que o PS trata publica e notoriamente abaixo de cão, ou seja, ao nível de um Santos Silva -, mas porque muito singelamente foram oito anos de indecente e má figura. De Costa, em particular, como realçou Passos Coelho, e de todo o friso socialista onde sempre se destacou o actual candidato a primeiro-ministro pelo Rato. É um desdobramento, como se dizia dantes dos autocarros. Nada mais.
AC

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