CULTURA
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O porto que sonho é sombrio e pálido
E esta paisagem é cheia de Sol deste lado. . .
Mas no meu espírito o Sol deste dia é porto sombrio
E os navios que saem do porto são estas árvores ao Sol . . .
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AC
. . . . navios, porto, sonho, espírito, Sol, árvores . . . .
Todo este pensamento no longo poema em que mais à frente Pessoa escreve - não sei quem me sonho - em que pensaria ele?
Certamente que não estaria a pensar no que seria Portugal umas décadas mais à frente.
Porventura, ao falar de portos e navios e sonhos, estaria a vislumbrar os drones marinheiros a entrar porto dentro, depois de lançados do seu novo e exótico navio base?
Pessoa teria imaginação para tanto?
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