segunda-feira, 26 de outubro de 2015

A propósito de Pacheco Pereira
O historiador, comentador, político, e ético Pacheco Pereira (PP) merece, como todos e cada um de nós, respeito pelas suas opiniões. Pessoalmente, ao longo dos tempos, e como o leio e ouço há anos, acho que tem tido razão em várias questões, mas creio que PP foi ganhando muito azedume. Já parece que só ele tem o passo certo!! Da maneira como se vem comportando politicamente e como comentador, e pela forma como se atira a Cavaco Silva (e eu aqui concordo muito quanto a críticas de várias facetas de CS) não me admira que dentro de mais uma ou duas semanas comece também a dar puxões de orelhas à sua querida Manuela Ferreira Leite. Não é que esta senhora, além de muito próxima ou mesmo colada a CS, bramou que está aí um golpe de estado? "Oh PP, você não a ouviu e ao menos não lhe telefonou, zangado, desiludido com ela?" Por estas e por outros, fica-me a sensação que PP anda com saudades quer do seu longo casaco preto de cabedal de décadas atrás quase parecendo um SS, quer dos seus tempos de líder parlamentar do PSD quando se atirava mais fortemente aos jornalistas.
PP faz recordar histórias que me contaram anos atrás, passadas em Moçambique antes de 1974, em que alguns se entretinham a atirar bolos e ratinhos e não sei se mais coisas, para ventoinhas de tecto, com os resultados que se pode imaginar.
PP espalha veneno por todo o lado. Repito, do meu ponto de vista tem razão em várias críticas que faz e designadamente quando a algumas medidas do governo que cessou. Mas temo que PP esteja quase naquela fase em que se, acidentalmente, morde a língua, morre.
Será que está a destilar todo este veneno cá para fora, para que o último volume (que estará perto da conclusão) sobre Cunhal e PCP não seja salpicado com esse azedume, saia portanto todo cor-de-rosazinho, e que eles afinal, contrariamente ao que penso se pode concluir dos primeiros volumes, eram/ são mesmo uns democratas dos sete costados?
AC

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