quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Ser ou não simpático
Uma questão sempre interessante.
De todos os lados, de todas as cores, se salienta que este político ou aquele, são simpáticos, tem sido simpáticos, com sorriso afável de avô ou de menina. A bonomia das criaturas.
Há quem tenha rosto fechado, sorria bastante menos, mau grado gargalha limpa e sonora nunca de plástico e no faz de conta.
Simpáticos? Claro que a vida mostra aquela coisa da impressão causada, não é de facto irrelevante.
Mas de políticos como de cidadãos comuns simpáticos aparentes está o inferno cheio.
Portugal é um dos exemplos mais curiosos.
Mas a simpatia não resolve praticamente nada na vida. A vida está cheia de obstáculos, requer que se olhe aos deveres e aos direitos (sim, por ordem alfabética) das pessoas.
Em Portugal continuo a assistir aquela cena dos filmes do Oeste americano, os jogadores de cartas sorridentes e com bocas uns para os outros, mas um deles, sorridente com cartas na mão a olhar o jogo e os adversários, e a outra mão na de canos serrados que está pendurada por baixo da mesa apontada aos tomates do parceiro.
Simpáticos? Prefiro-me como sou e sempre fui, sisudo, tentando minimizar os meus defeitos, as minhas limitações, procurar ser uma pessoa decente e respeitadora dos outros e das suas opiniões, e nunca me esquecer do conteúdo das palavras que identificam os valores que nos devem guiar na vida.
Mas quando me f****, se não me beijam na boca fico muito agastado. Seja quem for e que posição social institucional e protocolar tenha.
AC
 simpática é, por exemplo, esta vista



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