quarta-feira, 7 de outubro de 2015

COMO VAMOS CÁ PELO BURGO?
Mal, creio eu. E mal ou pior vamos ficar.
O titular do órgão de soberania que tem assento em Belém, e para não variar, fez asneira, na minha opinião, naturalmente.
Devia ter recebido imediatamente, na passada 2ª feira, PAN, PCP, BE, PS, CDS, e PSD. Mas não.
PAN, e outros que formalmente são partidos, embora ao longo dos anos o sistema não obrigue a provar que de facto ainda existe quem por eles assine, com todo o respeito, nada contam para tratar da vida em sociedade. As suas ideias e opiniões têm que ser respeitadas, mas haja algum bom senso e sentido das proporções.
Depois, serão mesmo partidos os que têm tido assento parlamentar.
Quando digo serão, quero claramente dizer que tem sido sobretudo cliques a tratar das suas clientelas e seguidores.
Mas não existe democracia, não existe sociedade equilibrada, saudável e onde se pugne por diminuir as desigualdades sociais sem os partidos, e sem comunicação social interventiva e de escrutínio investigatório contínuo e independente, e sem um sistema de justiça eficaz.
Pois os partidos, todos, também me parece que continuam a fazer porcaria.
PSD aceita ir a Belém antes do PR falar com todos os outros partidos que elegeram deputados. MAL!
O PS e designadamente o messias do PS, que começou a vida política aos 14 anos, falam primeiro com com quem entendem dever falar. Deve apenas registar-se.
BE e PCP, cada um a seu modo, fazem o costume, fazendo-me lembrar o velho ditado popular, - fazer filhos na barriga das outras não custa nada.
Prevejo um bom sarilho, como vaticinei vários posts atrás.
O tramado, é que o sarilho não é para os dirigentes políticos, pois o sistema e as leis aprovadas nos idos de 70 e de 80 do século passado, permite subvenções até aos partidos irrelevantes. Não é minha postura insultar, mas santa paciência, quando vejo certas criaturas a falar na TV (que felizmente vejo muito pouco) dá-me náuseas. Uma pouca vergonha.
Andam todos, jornalistas e comentadeiras, e vários assessores deste e daquele, a fazer contas e a querer enganar os cidadãos. Então da esquerda, sobretudo caviar, saltam as verdades absolutas.
Vamos lá a ver.
Cada cidadão é um voto. Cada cabeça sua sentença, diz o povão.
Como de costume, Domingo passado, todos ganharam, todos perderam, etc. Eu perdi de certeza, pois sem um governo qualquer que fosse com maioria absoluta isto, que continua pouco brilhante, tem tendência para se agravar.
A esquerda radical berra o costume, mas nunca explica onde vai arranjar o dinheiro para as nossas vidas. Basicamente, e sobretudo o BE, está no percurso delineado para tentar fazer desaparecer o PS.
Berram que a esmagadora maioria dos cidadãos clamou contra os partidos do governo cessante. Como sempre referi, muita porcaria fez o governo cessante, mas não praticaram só asneiras. E, claro, toca de esquecer o que estava antes.
Quanto às percentagens disto e daquilo, e o que representam dos portugueses, como já bem salientado por outrem - as oposições ao anterior governo afirmam que cerca de 63% dos portugueses são contra a coligação; claro que pela mesma ordem de ideias se pode dizer que cerca de 68% dos portugueses são contra o PS, cerca de 90% são contra o BE, cerca de 92% contra o PCP e seus amigos melancia, cerca de 99% contra o PAN, e quase 100% são contra os PDR, Livre, PNR, MRPP, e por aí fora.
Acresce que, sobretudo a esquerda, quase chega ao ponto de dizer que a brutal abstenção, se não tivesse ocorrido, teria sido votos do PS para a esquerda. Haja pachorra.
Berros a torto e direito não faltam mas, claro, alguém que governe, que trate das coisas reais, que eles declaram disponibilidade e fazem política. Mas alguém que meta as mãos na farinha.
Naturalmente, digo eu, os jornalistas do costume e as comentadeiras arregimentadas (estão a aparecer uns novos, incluindo um que foi para o governo por engano por ter nome quase igual ao que era desejado) fazem os floreados do costume mas nunca perguntam o que devem perguntar.
Sustentabilidade das contas, o endividamento, a economia, o emprego, a segurança social, a justiça, os impostos, a natalidade, as exportações, lei eleitoral, etc. Como, em concreto, se resolve?
Não, nada!!
PR, partidos, jornalistas, comentadeiras, clamam tudo e mais alguma coisa, mas por trás de todos eles, os bastidores fervilham, compram-se aventais, arregimentam-se ex-ministros e ex-importantes, contam-se espingardas, colocam-se notícias falsas, rumores, sempre a mesma e célebre postura - dá cá o meu!
Não há mudança de mentalidades, por mais comparações que se façam.
Claro que isto dificilmente mudará, bastando para suportar esta afirmação, olhar aos comentários, posturas, e entendimentos de muitos que se conhecem.
Mas não me espanta. E ninguém se interroga como viveríamos sem continuar a conseguir-se financiamento, e sem uns tostões de Bruxelas e do BCE. É tudo por obra e graça do espírito santo. Viva a nossa pujante economia, viva as nossas lucrativas empresas públicas, e etc.
Como eu e outros do meu curso usávamos dizer, isto está a ficar de maneira que já nem bêbado se aguenta.
AC
PS: isto está a ficar ainda mais pantanoso, por isso a fotografia a lembrar charcas.

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