Domingo, 4 de Outubro de 2015.
É cedo para falar sobre este assunto com segurança. Existem projeções, perante as quais me parece ser razoável e possível dizer meia dúzia de palavras, sem insultos, sem gritaria.
A olhar para as projeções, e vários dos resultados, parece-me:
1 - possível que a coligação fique muito perto da maioria absoluta.
2 - que o PS perde clamorosamente as eleições.
3 - que António Costa tem uma derrota monumental, veremos se continua aos pulinhos.
4 - que o BE tem uma saborosa vitória.
5 - que o PCP mais o partido melancia têm (na boca deles) uma vitória, mas terá de explicar o facto de passar para 4º lugar na hierarquia parlamentar.
6 - que Rui Tavares é capaz de ter assegurado continuar à mesa do orçamento.
7 - óbvio que nem PCP e melancias nem BE queriam correr o risco de desaparecer, de diminuir muito a presença na AR e, por isso, as continhas de António Costa quanto a possíveis votos úteis constituíram-se como um sonho (e a vida tem poucos sonhos cor de rosa, a cor do partido não chega)
8 - Existirá muita gente em choque, nas áreas ligadas ou perto do PS, muitos devem estar a mostrar com vigor a sua faceta de independentes. Pois!! Por exemplo, alguns que nos últimos seis meses tanto se posicionaram para ministro num governo PS, em artigos e blogues..............
9 - que é positivo que, como tudo indica, a abstenção diminuiu, pena que não tenha sido drasticamente.
10 - que, naturalmente, as pessoas que perdem não podem ficar satisfeitas, é uma coisa normal na vida.
Mas, sem surpresa para mim, existem várias criaturas que se apressam a escrever nas redes as maiores barbaridades. Uma delas é chamar estúpidos aos portugueses.
Pessoalmente, acho curioso que tantos votem em alguns partidos. Mas essa é a realidade com que se tem de viver. E pugnar para que, na sociedade, a ignorância e o não pensar, desapareçam gradualmente ao longo das próximas décadas.
11 - evidente que, António Costa e muitos dos lideres de outros partidos que se puseram em bicos de pés, devem tirar ilações do que esta noite aconteceu.
12 - igualmente evidente que, Pedro Passos Coelho tem que tirar ilações da sua escassa vitória. Porque é uma vitória, mas não tem a maioria absoluta, e parecendo-me que não é admissível deixar de lhe propor formar governo minoritário, creio inaceitável atrever-se, eventualmente, a prosseguir com todas as políticas anteriores quando, algumas delas, bem deviam ter ficado na gaveta. Isto para não entrar nos insultos.
Mesmo que tivesse hoje maioria absoluta, devia/ DEVE mudar radicalmente várias coisas.
AC
PS: no meu relógio são 2216. Vou publicar o post.
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