O Day After. O engraçado de certas contas e comentadores.
Faz-se um zapping pelas NET, hoje. Recorda-se o tempo que ontem passei a saltar de canal TV para canal TV (ontem abri uma excepção) e observam-se coisas a que acho piada!!!
Todos ganham, todos perdem!
Segue-se a jactância do senhor jornalista da RTP1 designadamente quanto à infalibilidade (também dele?), vários dos comentadores, os barõezinhos de todos os partidos, e os que só eles têm o passo certo. Depois, a passagem das muitas mentiras, para que, repetidas várias vezes, oxalá se tornem verdades.
Só um exemplo, entre os vários relativos ás cores todas: o senhor Rui Tavares, que afinal não arranjou lugar à mesa do orçamento, afirma hoje num seu escrito, - não é mais possível excluir partidos que representam um quinto dos portugueses da possibilidade de governar o País!
Como sempre respeito as opiniões alheias, gostaria que respeitassem a minha.
Aparentemente: dos votantes, ontem deu, PSD/CDS - 38,5%, PS - 32,4, BE - 10,2, PCP/melancias - 8,3, PAN - 1,4. Dos votantes, portanto.
Salvo melhor opinião, a abstenção continuou a ser brutal.
Com base nestes números, espero não me ter enganado, a soma dá 90,8%; ora BE representa destes portugueses votantes apenas 11,233%; se juntar então BE com PCP e melancias, essa representação passa para 21,48%.
Portanto, senhor articulista semanal/comentador, estas duas formações partidárias, nestas eleições, representam de facto cerca de um quinto dos portugueses QUE VOTARAM. Não representam um quinto dos portugueses. É só por uma questão de rigor.
Quanto aos outros partidos, e para contas equivalentes, muito haverá também a dizer.
Mas é o que há.
Uma coisa é para mim certa, é que por esta ou aquela razão, na sociedade portuguesa, continua a exclusão de muitos portugueses, olhe-se por que perspectiva se quiser.
Venha fotografia.
AC
EM TEMPO, a começar no meu relógio ás 1224h
Fazendo mais umas continhas, baseadas nos números acima mencionados, a soma das % do PS (32,4), com BE (10,2) e PCP e melancias (8,3) dá pelas minhas contas 50,9%. Se juntar os 1.4 do PAN dará então 52,3%.
Espero não me ter enganado nas contas. Se estão certas, e ainda que eu tenha sido fracote aluno de liceu, com ou sem acordo ortográfico ou outra coisa qualquer, 50,9 ou mesmo 52,3 %, continuam a ser nos países civilizados uma coisa diferente de 60%. Estes 60% é o número que acabo de ouvir ao líder parlamentar do PCP (na AR que agora cessa) dizer que é a maioria de esquerda que agora passa a estar na AR. Claro, devem ser contas à Coreia do Norte.
Se tentaste fazer alguma coisa e falhaste, estás em bem melhor posição que aqueles que nada ou pouco tentam fazer e alterar e são bem sucedidos. O diálogo é a ponte que liga duas margens. Para o mal triunfar basta que a maioria se cale. E nada nem ninguém me fará abandonar o direito ao Pensamento e à Palavra. Nem ideias são delitos nem as opiniões são crimes. Obrigado por me visitar
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