domingo, 27 de outubro de 2019

A GESTÃO das COISAS em PORTUGAL
É diferente em Portugal
Lá fora, nada do que por cá criticamos se passa também ?
Pessoalmente, estou convicto de que por cá muita coisa acontece em moldes parecidos com o que se conhece em outras sociedades.
Vem isto a propósito de muitas coisas, e concretamente de como escondem ou aparecem aos poucos ou de repente em certas alturas notícias de, actos, decisões, corrupções, adiamentos indefinidos, arquivamentos, distorções, etc.

Vem isto a propósito, por exemplo,
> dos casos de justiça mais mediatizados e prolongados no tempo,
> das cenas de tons vários na banca nacional, 
> dos casos de justiça em que decisões do MP são publicados/ conhecidos com aparente conexão com interesses outros, 
> dos casos vários de demissões por razões pessoais (sempre a razões pessoais), 
> dos perdões fiscais que há décadas são um verdadeiro insulto à maioria dos cidadãos, 
> dos perdões dos dinheiros em offshores, 
> das múltiplas substituições de civis e militares sempre com justificações de duvidosa transparência, 
> de certas nomeações para a máquina do Estado, 
> das crescentes dívidas do Ministério da Saúde, da TAP, de outras empresas públicas, 
> dos escandalosos perdões de dívidas de clubes de futebol,  
> dos escândalos (desde a década de 80 do século passado) à volta dos vários programas de subsídios Europeus,
> dos incêndios trágicos de 2017, de que subsistem casos estranhos quanto a reconstruções, ou a anedota envolvendo o incêndio do pinhal de Leiria em que apenas uma velhota está acusada,
> das muitas dúvidas à volta de decisões e subsequentes programas definidos para tentar que não voltem a ter lugar tragédias como as dos incêndios de 2017, 
> do chamado e vergonhoso caso Tancos,
> dos vários casos (e não resolvidos) de desaparecimento de armas de unidades das Forças Armadas e também de esquadras de forças de segurança, 
> das nomeações de certas pessoas para orgãos de comunicação social,
> do escândalo que é o arrastar de anos (10 anos?) sem decisões sobre as centenas ou milhares de processos pendentes nos orgãos da ordem dos médicos,
> do escândalo da ala pediátrica no hospital de S.João no Porto, 
> do (eternamente ignorado pela tutela) escândalo das dívidas do sub-sistema de saúde e acção social das Forças Armadas, 
> do endividamento das famílias já  pior do que no Socretino tempo e, concretamente, no que se refere ao consumo e ao imobiliário,
> e podia continuar quase sem fim, tão podre está a sociedade portuguesa apesar de todas as loas e dos amanhãs de cantam, como se viu nos discursos da cerimónia de posse de novo governo.

A gestão cirúrgica/ premeditada por parte de, jornalistas e responsáveis de orgãos de comunicação social, políticos aos mais diferentes níveis, juristas, chefias militares, titulares de orgãos de soberania, em suma pelas ditas elites, é uma das coisas mais "características" deste desgraçado Portugal.
É ver por exemplo este honroso 3º lugar obtido por Portugal quanto a dinheiros lá fora.
A maioria dos meus concidadãos, aparentemente, anda muito satisfeita, a vida corre muito bem, nada de preocupações, tirando as questões à volta de personalidades estridentes das farsas matinais e das tardes nos canais TV, ou os engates e desengates de "ditas estrelas" (coisa que observo nas capas da porcaria espalhada nas bancas quando vou jogar o euromilhões) ou as questões existenciais das claques de futebol, ou as telenovelas das TV, ou o cataterismo de Marcelo.
A vida está tão boa, a confiança foi recuperada, as famílias têm mais uns euros nos bolsos!!!!!! Que bom!
Não é, para quê preocupações sobre estas coisas?
Deixemos tudo isso para os políticos, que eles é que sabem tratar destas coisas. Não é?
AC

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