quarta-feira, 30 de outubro de 2019

NÃO ERA PRECISO ISTO (programa do governo PS)
Não era preciso isto, há décadas que muitos sabem que para esta gente a Defesa Nacional é o que respeita à instituição militar, APENAS. 
Ora a instituição militar, o poder das armas, o tal monopólio da força que o Estado detém é tão somente a componente última da Defesa Nacional. Última no sentido de a ela se recorrer esgotado o resto.
E o que é o resto?

Quanto ao resto deve lembrar-se ( a maioria dos concidadãos quer lá saber disto, e quanto aos políticos......) que a dita Defesa Nacional tem um carácter permanente, e cabe aos governos de forma transversal realizá-la em toda a actividade governamental. 
E, à Defesa Nacional, importam por exemplo, vectores diversos como o, cultural, financeiro, económico, industrial e diplomático. 
A faceta militar, o vector militar, é o último recurso.

O formalmente designado Ministério da Defesa Nacional nunca desde o 25 de Abril de 1974 passou de ser apenas o ministério "dos tropas". 
Alguns dos ministros (MDN) que por lá passaram pouco mais eram que uns verbos de encher, quero eu dizer, não tinham peso político nenhum, outros houve que tiveram peso político mas também para pouco serviu, querendo eu com isto dizer, quanto a reformas a sério, num país rodeado de água, na NATO, na Europa, e com compromissos vários. 
Que Forças Armadas para Portugal na última década do século XX ou agora no XXI? Que se requer da instituição militar?
Tudo por fazer, contentam-se em ter soldadesca em África e etc. 
É QUASE NADA, para um País que se quisesse a sério. 

Mas, sendo isto assim há décadas, houve sempre umas estrelas vaidosas e observantes do seu umbigo que sempre colaboraram e hoje colaboram com estes lamentáveis políticos. 
Políticos de todas as cores, e colaborações a diferentes níveis. 
Mas, depois, vão fazendo queixinhas.
E daí a famosa frase - muito reservados no activo, muito activos na reserva e reforma.
Claro que no fim do texto do programa, o PS lá mete umas larachas sobre proteção civil, segurança interna, mas articular estas coisas como deviam ser, nada, e nada de mexer na CRP, por exemplo. 
Os seus amigos de Peniche esquerdalhos ficariam zangados.

I.IV.2. Preparar a defesa nacional para os desafios da década 2020-2030
Às Forças Armadas pede-se, cada vez mais, que respondam a novas e complexas missões, que assumam novas responsabilidades e que façam tudo isso respeitando a exigência de utilização eficiente dos recursos públicos. Para tal, é necessário adaptar a Defesa Nacional para dar as respostas que se lhe impõem e projetar um novo ciclo, pautado por significativos desenvolvimentos internacionais.

No âmbito da União Europeia, Portugal concretizou, em dezembro de 2017, a sua intenção de participar numa cooperação estruturada permanente no domínio da segurança e da defesa. Acresce que está em processo de conclusão um Programa Europeu de Desenvolvimento Industrial no domínio da Defesa e um Fundo Europeu de Defesa, consubstanciando uma transformação profunda e apontando para uma Identidade Europeia de Defesa. Portugal deve participar neste processo, reforçando a sua capacidade militar e simultaneamente as suas indústrias de defesa.


Por sua vez, no âmbito da NATO, em julho de 2018, Portugal renovou, calendarizou e planificou o compromisso de aumentar a despesa em Defesa, apontando para um rácio entre 1,66% e 1,98% do PIB em 2024. É crucial que os ganhos decorrentes deste esforço sejam mensuráveis, concretos e tenham um impacto positivo sobre a economia nacional.

Por fim, a Lei de Programação Militar, recentemente revista, constitui o principal instrumento financeiro plurianual para a Defesa Nacional e materializa uma estratégia de médio e longo prazo para a edificação das capacidades militares, assente no desenvolvimento da inovação e gerando valor acrescentado para a economia nacional, reforçando o emprego qualificado e promovendo as exportações das empresas deste setor de atividade.

Por outro lado, o apoio às populações, especialmente em apoio à proteção civil ou no âmbito do combate aos incêndios e, bem assim, as missões em articulação com o Sistema Integrado de Segurança Interna são solicitações a que cumpre responder.
As Forças Armadas continuarão a estar onde o país e os seus compromissos internacionais o determinem, cumprindo, com o já habitual sucesso, complexas missões que se considerem proporcionais e compatíveis com o interesse nacional e com o papel que Portugal soube consolidar.

E estamos nisto. 
Nem mesmo com alguns daqueles servidores venerandos que os aplaudem sentados nas 1ª filas isto se altera.
Desgraçado País.
AC

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