Vinha de carro de Lisboa a meia desta tarde, ouvi uma notícia no rádio do automóvel que não me surpreendeu, porque há vários anos que não me surpreendem.
Há anos que estou habituado a verificar que existem concidadãos das mais diversas e diferentes áreas da sociedade que se julgam donos de certas coisas enquanto estão por determinado período em determinados cargos, deles usufruindo as vantagens materiais e protocolares inerentes aos cargos onde temporariamente estão obrigados a servir, e não a servir-se.
Chegado a casa, fui verificar o Estatuto dos Militares das Forças Armadas (DL nº 90/ 2015 publicado no DR nº 104/ 2015, Série I de 29 de Maio). E, entre outros preceitos, fui concretamente verificar os deveres gerais e os deveres especiais que obrigam os militares das Forças Armadas.
Fui ainda verificar o Regulamento de Continências e Honras Militares e constatei que não teve alterações que contemplassem salvas e toques em festividades e outros momentos de lazer em sociedade.
E fui verificar estas coisas porque, ultimamente, acontecem coisas que, para este cidadão que periodicamente consulta leis verifica que algumas parecem estar a ser consideradas num modo - porque sim, porque eu quero assim.
Enfim, ao que chegámos.
Só falta agora aparecer alguém a classificar o que aconteceu na Madeira como uma farsa para denegrir as Forças Armadas.
A Instituição Militar deve ser respeitada, tem de ser respeitada, é uma instituição fundamental do País, é um pilar do Estado e da Democracia. Infelizmente muitos se esquecem disto.
Mas era bom que, políticos que directamente têm a ver com a Instituição Militar, titulares de orgãos de soberania, e obviamente os próprios militares e em especial chefias e oficiais generais, respeitassem a Instituição Militar, desde logo dando-se ao respeito.
LAMENTÁVEL.
AC
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