segunda-feira, 27 de julho de 2020

CIVISMO, DIGNIDADE, EDUCAÇÃO, RESPEITO.
Sociedades, Nações, Países, Pessoas.
As três primeiras não são propriamente pessoas, mas são as pessoas que as enformam.
Hoje em dia várias pessoas defendem que um dos efeitos da pandemia Covid-19 será os seres humanos caírem em si e, em consequência, irá aumentar a solidariedade, a compreensão, o respeito mútuo. Entre os países e entre as pessoas.

Pela minha parte tenho as maiores reservas sobre isto, aliás, tenho mesmo as maiores dúvidas que haja modificações relevantes nessa matéria.
Começar com coisas simples, relativamente a pessoas, pois quanto a países basta atentar nas últimas 3 semanas.
No dia a dia, as frases simples - pedir desculpa, pedir licença, agradecer - que uso lhe é dado por muitas pessoas?
Um uso constante delas seria um bom contributo para melhorar a nossa vida e a relação de uns com os outros.
Muitas vezes vale a pena observar as coisas à nossa volta começando pelas “cenas” corriqueiras do dia a dia, pelo quotidiano da vida das pessoas.
> Na pastelaria - "Quero um café".
Esta frase simples ouço-a recorrentemente, todos os dias e proferida por pessoas diferentes, e são muitas, engravatadas ou não.
Mas vários outros e outras, como eu e minha mulher - bom dia, se faz favor, quero dois cafés, um mais cheio, um pão de sementes torrado com pouca manteiga, e um croissant folhado simples. Obrigado.
> No supermercado - quer o nº de contribuinte na sua factura? 

Sim, se fizer favor
Observo que muitos, á pergunta do caixa respondem apenas com o nº do contribuinte. Depois de conta paga, não são muitas as pessoas que dizem - obrigado, tenha um bom dia.
> Na farmácia - Tem máscaras? Invariavelmente, a frequência da ausência de “um obrigado” é assustadora.
> No posto de combustíveis - "quero atestar o carro", e o obrigado é caso raro.
> Quando do infortúnio - de familiar, amigo ou colega de curso ou colega de profissão, uma regra muito frequente - deixar uma coisa qualquer nos facebook!!!!

Creio que sofremos de um grave défice de ternura e de simpatia. Perante familiares, amigos, colegas, vizinhos.
Faltam imenso os pequenos gestos.
Respeitar, saber respeitar, fazer-se respeitar. Para muitos parece complicadíssimo.

Respeito de uns pelos outros, desde logo nas coisas mais básicas, no quotidiano.
Claro que a falta de respeito constante para com os cidadãos comuns por exemplo por parte dos titulares de orgãos de soberania ajuda muito a este lamentável estado de coisas.
AC

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