domingo, 19 de julho de 2020

A  PROPÓSITO  da  PANDEMIA
Quatro notas.
- Como sempre na vida, nunca corre sempre tudo bem nem sempre tudo mal.
Um homem da minha profissão e a mulher, andando entre os 73 e 75 se não estou enganado, andaram bastante atrapalhados com a porca da Covid-19.
Pelo que eles reportaram agora parece que, FELIZMENTE, resistiram à borrasca e estão a recuperar. Se Deus quiser hão-de ficar bem e sem sequelas.

- A questão dos lares é um caso concreto de aflição neste contexto. A minha experiência neste campo reside em 13 anos de internamento de uma prima cerca de 20 anos mais velha que eu e que faleceu no final de 2018. Experiência prolongada durante um ano mais, pois minha mãe esteve nesse lar. Como tudo na vida, prós e contras. Um lar sem qualquer possibilidade de facilitar visitas, edifício Pombalino na Baixa de Lisboa. 
O lar onde minha mãe está no presente tem certamente deficiências mas tem, por outro lado, características muito interessantes. 
Desde há meses não há visitas nem os utentes podem sair. E apesar de no concelho existirem imensas fábricas e actividades variadas, e com vários focos/ casos em trabalhadores, até agora e felizmente continua tudo bem com utentes e funcionários do lar.
Todo o pessoal do lar entra e sai por um túnel de descontaminação.
Os utentes recebem as famílias na chamada "box das emoções", um cubículo que pode albergar até 6 pessoas, com ar condicionado e uma parede de vidro, vidro que separa os visitantes dos familiares/ utentes. Falam-se por microfone e ouvem-se muito bem.
A minha questão não é fazer propaganda do lar mas, até pelo pouco que se vai conhecendo interrogo-me, como se passarão as coisas por esse País fora em tantos e tantos lares, entre legais e ilegais ??

 - Ainda a propósito da questão lares é sempre delicioso ouvir a actriz Catarina. Diz ela que nos lares não devia acontecer as infeções, ou casos. Será que a senhora conhece em detalhe a multiplicidade de tipos /tipologias de lares, desde vivendas transformadas em lares onde por quarto se amontoam vários utentes, a lares e edifícios muito antigos, tudo diferente de lares com 30 anos ou ligeiramente menos e, portanto, chamados modernos e portanto com condições completamente diferentes?  Este lar onde a minha mãe está tem inclusive agregada uma unidade de cuidados continuados.
Lembro-me de ouvir na TV, talvez em Abril, um autarca a confessar que tinha ficado a saber que, depois de perguntadas as freguesias, no seu concelho existiriam 41 lares, entre legais e ilegais. Creio bem que a criatura não sabe sequer que existem lares ilegais e outros que não sendo ilegais ainda não receberam o desfecho do processo administrativo ou seja, não serão maldosos lares ilegais.

- Infectados em Bragança, eram 56, afinal são 4 !!
AC

1 comentário:

  1. Uma preocupação que está aí para durar. A obrigar a cuidados e novas rotinas acrescidas.
    Com o grande problema do equilíbrio emocional a manifestar-se de forma inesperada e de difícil controlo.

    ResponderEliminar