A educação de cada cidadão ou é injectada desde novinho em casa no seio da família ou nada feito. A escola, a universidade, complementarão parcialmente, mas cada vez mais convicto estou de que muita gente deste Portugal contemporâneo entende que é a escola que deve educar. É a minha opinião. Os resultados não estão cada vez mais à vista?
A falta de educação é visível constantemente. Por todo o lado, no dia a dia, e nas instituições. Civismo, educação, respeito pelo próximo?
Com a capa da tradição parlamentar a má criação e a ordinarice é frequentemente visível nos trabalhos na Assembleia da República. Com a capa da política agressiva é frequente observar-se a falta de educação de muitas "prima donas" há décadas sentados à mesa do orçamento, ainda que alguns tenham a desfaçatez de, em entrevista, referirem que trabalharam bastante naquilo em que se licenciaram, quando algumas vezes se vem a saber que isso é mentira. Estagiar um bocadinho com amigos e correligionários do papá é coisa bem diferente.
A falta de educação é visível no nosso dia a dia.
Exemplos em barda, deixo apenas dois:
> atravessar as ruas distante das passadeiras e ainda por cima ter a aleivosia de se mostrar agressivo para quem não contemporiza com isso;
> um alarve agora a contas com a justiça por viver ao que parece à conta de subornos, ao sair da Versailles em Lisboa deu-me um encontrão forte que admito não fosse propositado, mas não pediu desculpa como devia fazer uma pessoa educada, e parou e ficou a olhar porque ouviu alto e bom som - quem não pede desculpa é um alarve - mas percebeu que era melhor ir-se embora.
A falta de educação cumulativa com o execrável exercício de poder funcional é outro campo enorme na nossa vida comunitária contemporânea.
Ou é uma delegação de saúde que não responde a legítimas perguntas do cidadão comum, ou um chefe de gabinete, até homens da mesma posição que não agradecem congratulações, ou certos balcões bancários que não atendem NUNCA o telefone, ou certos departamentos dentro do monstruoso ministério de saúde que se comportam sempre como mudos.
Se olharmos a autarquias é um manancial, dou só um exemplo de incúria: três anos já passados e nada resolve sobre um caso concreto comprovado com fotografias.
Se olharmos ao social, temos o caso dos convites a que convidados do alto da sua pesporrente postura nunca respondem, sejam convites para casamento, ou de outro teor. Então se forem figuras públicas.............. é um fartar vilanagem.
Outro exemplo é o dos contactos com jornais. É por demais evidente que existem avençados crónicos, que todos conhecemos da vida pública, tipo António Barreto, José Pacheco Pereira, Rui Tavares, Miguel Sousa Tavares, Pedro Adão e Silva etc., etc.
Outro exemplo é o dos contactos com jornais. É por demais evidente que existem avençados crónicos, que todos conhecemos da vida pública, tipo António Barreto, José Pacheco Pereira, Rui Tavares, Miguel Sousa Tavares, Pedro Adão e Silva etc., etc.
Depois existem umas quantas pessoas que conseguem ter audiência periódica, fácil, de que alguns dos últimos exemplos são os militares que têm apresentado argumentos contra uma dita reforma Cravinho, ou os da mesma profissão que quase os insultam. Mas ao cidadão comum, como eu, já a coisa fia mais fino. O meu ponto é outra vez a questão da educação e neste caso concreto a falta dela. E acaba por haver nítida censura. A censura já chega ao ponto de se misturar com falta de educação.
As pessoas civilizadas e educadas, relativamente a quem lhes submete alguma coisa para apreciação, têm o dever de responder que, na sua legítima ponderação, uma dada sugestão ou um determinado texto são passíveis de serem considerados de, fraco, mesmo mau, ou aceitável e interessante para publicação.
É tudo uma questão de educação. Mas se a coisa não lhes agrada à cor……..censurazita.
Como questão de educação é classificar de insulto uma opinião em vez de a contrariar pela argumentação, pela retórica, pelo contraditório. Mas, de facto, a vida pública em particular anda cheia de gente muito bem formada, como se vê.
António Cabral
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