Descarada Ausência de Vergonha na Cara Sem qualquer interrupção, quase diariamente, eloquentes demonstrações de descarada ausência de vergonha na cara, pela oratória, por escrito, muito provavelmente não respeitando nenhum limite de velocidade nas deslocações para as arengas da propaganda partidária e da propaganda governamental. Um dos seus pontos altos das arengas mais recentes foi a diatribe sobre a GALP. Não contente prossegue com dislates vários.
Esta ameaça, esta lição exemplar, terá reflexos, consequências, eventualmente, até externas?
Para esta pessoa que se gabarola de estar na política desde os 14 ou 15 anos parece coisa muito pouco digna esta ameaça da lição exemplar. Isto para ser minimamente educado. Mas a propósito de educação tivemos mais uma vez uma brilhante peça de falta de nível na Assembleia da República. O deputado que há dias o interpelou também não é grande exemplo, mas António Costa elevou-se mais uma vez a um patamar deplorável.
Mas é o que temos. António Costa exaltou-se perante a crítica de um deputado da oposição, que o acusava de ter feito campanha para as autárquicas usando o PRR, o que qualquer português decente sabe que é verdade. Como verdade é que todos os governos sempre fizeram mais ou menos este tipo de coisas. Mas Costa excedeu tudo.
Como excedeu os limites ao responder - "o senhor não me conhece de lado nenhum". Extraordinário.
Todos os portugueses há anos encontram António Costa, nas ruas, nas TV, nos jornais, etc. Conhece-se grande parte do seu percurso político em que uma das grandes etapas e coroa de glória foi a FAUL.
António Costa agride companheiros de partido, atira-lhes à cara com grandes verdades que, depois se esquece de aplicar a si próprio. Um primeiro-ministro é-o nas audiências em Belém, em S.Bento, nos debates na AR, na rua, no café. Costa "dixit". Tento na língua continua a não ser o seu forte.
Arrogância à Sócrates, à Magalhães, à Ascenso, à César, à Augusto. Creio que até pior.
Uns adiantam que este tipo de coisas são fruto de cansaço. Outros realçam a habilidadezinha. Outros chamam à atenção para a vergonhosa relativização das sucessivas verborreias. Outros ainda, salientam com palavras a tal "elevação" que se deve usar relativamente aos ditos "importantes", mas aquilo que eu noto existe bem claro na nossa língua e que é, a pesporrência, a arrogância, a desfaçatez, o completo desprezo pela humildade democrática, o desprezo por todos os que lhe desagradam.
Coerência política ? Sim, mas apenas no pior dos sentidos. Há até quem se enleve e diga - que político brilhante. Elogiam-lhe a táctica! Um país que fosse desenvolvido, realmente uma democracia madura, com campanhas políticas e eleitorais dignas, combativas mas decentes educadas e inovadoras, não teria muito provavelmente destas figuras em lugares cimeiros. Mário Soares queixava-se da cada vez maior escassez de estadistas. Como ele tinha razão, mas foi ele que criou esta classe que nos últimos 25/30 anos viceja! Que lições a retirar deste frenesim a que se dedica Afonso Costa perdão, António Costa?
A primeira foi-lhe dada nas recentes eleições autárquicas. Penso que se pode dizer que, crescentemente, muitos portugueses começam a estar fartos destes habilidosos sendo Costa um dos seus expoentes. Habilidade a cair para o chinelo, ou o casaco atirado nas costas da cadeira!
Arrogância, vaidade, desdém pelos outros, desespero em manter o poleiro ou seja, servir-se e não o servir a sociedade. Enredado e tolhido já nas suas execráveis habilidades, é isto que temos.
Outra lição, a de que continuamos a assistir nos mais variados sectores da vida nacional ao cumprimento da lei socialista - para os amigos tudo, para os inimigos nada, para os restantes aplique-se a lei!
Quem não comunga das opiniões e indicações de Costa......leva. Nada de violar os poderes instalados.
O curioso e de espantar (só em parte) é haver até pessoas que afirmam - "como conhecemos António Costa há décadas, como político, é que consideramos que sabemos o que pensa e que não pensa assim, que não nos quer a todos a agradar ao Governo ou levarmos uma lição"
(!?!?!?) Importa-se de repetir?
Com que democracia estamos?
AC
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