sexta-feira, 29 de outubro de 2021

AI  a  DITA  CRISE

Na sequência da animosidade e da simultânea animação da tarde da passada 4ª Feira na Assembleia da República, instalou-se um novo cenário na sociedade portuguesa, e um horizonte nada consolador. 

Angústias várias, vocabulário interessante (maioria absoluta agora diz-se maioria robusta), muitos apressados, muitos a assobiar para o lado, e os grandes democratas gritando - direita NUNCA. 

Grandes democratas.

Entretanto, e ainda só passaram dois dias sobre as peripécias na AR e sobre as concretizadas fora dela antes da votação mas que estão no segredo de Marcelo e outras personalidades, o comentador-mor do reino avisa que vai ao multibanco e logo as TV o seguem assistindo os cidadãos comuns a palhaçadas diversas, incluindo quedas de jornalistas que pressionavam Marcelo a falar.

Entretanto, nos partidos todos mas, creio, particularmente no CDS e no PSD, reina alguma balbúrdia. Basta olhar com atenção para o que vem acontecendo no final desta sexta-feira para perceber que no CDS e no PSD as coisas estão curiosas!

O sr Rangel já deve ter descoberto que as eventuais eleições legislativas antecipadas têm de ser marcadas no prazo máximo de 60 dias após o dia da dissolução da AR. Ele lá deve ter feito contas e já veio noticiado que a criatura quer eleições no fim de Fevereiro, 20 ou 27, isso significando salvo erro uma dissolução da AR em 23 ou 30 de Dezembro. Deve ter deixado um papelinho a Marcelo com essas datas.

Entretanto, a UE começou com as suas questões ou mesmo pressões, dizem alguns. Melhor, não havendo orçamento, sabendo-se da possibilidade forte de dissolução da AR e inerente convocação de eleições legislativas antecipadas, parece normal que lá onde eles têm o dinheiro queiram ter certezas sobre prazos, metas, objectivos e como os atingir, como serão executadas as várias etapas relativas ao PRR. Sim estou a falar dos dinheiros.

Acabo de ouvir uma conhecida jornalista dizer que não é para levar a sério as questões e perguntas da UE! Não fiquei espantado porque nada me espanta, há muito tempo. Mas estou habituado a que a conceituada jornalista económica não comente à toa.

Temos crise ou estamos em crise?

Vou aguardar, por agora vou levantar dinheiro ao multibanco. Como Marcelo, e a esse propósito aqui fica, com a devida vénia, esta delícia.

AC

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