O momento político tem-me feito recordar imensas coisas, da literatura a eventos passados.
O momento político é, de novo, mais uma nojenta novela, ou telenovela, ou teatro mal amanhado, o que não é de admirar observando-se actrizes que por aí andam.
Eça de Queirós lembrava a vida inglesa e falava designadamente no conflito da concorrência, patético direi eu, concorrência entre romancistas mais que medíocres. Como por cá com muita gente na opereta presente. Uma concorrência mediocre.
Quando presto mais atenção ao que por aí vejo e leio isto está mesmo quase pornográfico. Os escritos e prognósticos sobre o que vai acontecer, meu Deus, estão tantos de facto em alta concorrência, particularmente nos capítulos da asneirada e irresponsabilidade!
Escreveu então o bom do Eça - "Na vida doméstica inglesa, a novela tornou-se um objecto de primeira necessidade, como a flanela ou as fazendas de algodão; e, portanto, toda uma população de romancistas se emprega em manufacturar este artigo, por grosso, e tão depressa quanto a pena pode escrever, arremessando para o mercado as páginas mal secas no ansioso conflito da concorrência. (Eça de Queirós, Cartas de Inglaterra, 1880)
AC
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