PR, CSFA, MARCELO
Em textos anteriores e nomeadamente a propósito de política de defesa nacional e a propósito de Forças Armadas (FA) abordei a temática dos poderes constitucionais do Presidente da República (PR) nesses âmbitos. E, concretamente, falei daquilo que chamei "o seu irmão gémeo" e que é, o Comandante Supremo da Forças Armadas (CSFA). O meu melhor amigo militar já o designou inclusivamente por Comandante Superficial das Forças Armadas. Pelo que vem sucedendo no país não posso estar mais de acordo com essa designação.
É usual dizer-se que Marcelo Rebelo de Sousa andou pelo menos 20 anos a preparar-se para um dia vir a ser PR. O que agora me interessa é que Marcelo é o titular do órgão de soberania, é portanto o inquilino do Palácio de Belém por mais 4 anos e qualquer coisa, é o supremo magistrado da Nação e, de supremo em supremo, hoje, estamos aqui a olhar outra vez para ele à espera do que dirá nesta 5ª Feira ou amanhã. Continuo a dizer que é inegável que ele modificou o estado de espírito da maioria dos portugueses quanto às instituições do Estado. Mas, por outro lado, a partir de certa altura, "apalhaçou" tudo isto, o que me parece inadequado ao funcionamento de um Estado decente e equilibrado. Vamos aguardar para ver qual é a sua decisão após a reunião do Conselho de Estado de 3 de Novembro que, por maioria, lhe deu um parecer favorável quando à sua intenção de dissolver a Assembleia da República.
99,9999 % dos portugueses está-se nas tintas para quem falou e como falou nesta reunião de ontem do Conselho de Estado. Mas esta mania da transparência (!?!?) na vida pública portuguesa, mais uma vez, não indicou o total de votos a favor, votos contra e eventuais abstenções. Eram interessante saber, mas estas coisas não são para a plebe, a populaça ignara não tem nada que saber destas coisas, não é verdade?
AC
Sem comentários:
Enviar um comentário