Cada vez mais,
farto, de sorrateiramente, quererem alguns convencer que como sociedade estamos pior que em 24 de Abril de 1974,
farto, de assistir à mentira quase diária para com os cidadãos,
farto, de observar a falta de honestidade intelectual e honestidade política dos poderes públicos,
farto, de observar a continuada ausência de transparência na vida pública,
farto, deste primeiro-ministro e deste governo, exactamente Socretinos como sempre foram,
farto, farto destes políticos e deste reizinho hipocondríaco, todos desvalorizando sempre os problemas reais para depois chegarem às TV - é urgente isto e aquilo - em vez de terem decidido algures meses atrás,
farto, desta imbecilidade crescente, em imensos jornalistas e comentadores, e da mansidão dos meus concidadãos que nada os faz revoltar,
farto, desta imbecilidade crescente, em imensos jornalistas e comentadores, e da mansidão dos meus concidadãos que nada os faz revoltar,
farto, de verificar que são sempre os malvados serviços e os tolos departamentos que colocam sempre tão mal e envergonham cá dentro e lá fora os coitadinhos destes ministros PS e de muitos autarcas de todas as cores,
farto, de ouvir falar em excelência, em que somos os melhores dos melhores,
farto, deste sistema de justiça cheio de garantias, cheio de ideias dos da escola de Coimbra e outros, cheio dos códigos que favorecem os poderosos e se borrifam para os problemas comezinhos do cidadão comum,
farto, de esperar pelo tal milagre português,
farto, da rotulagem de fascista aposta a todos os que pensam diferente dos vários amanhãs que cantam,
farto, da canalha que perante os problemas, assobia para o lado,farto, deste acabar de raças por via gramatical,
farto, da incapacidade deste Estado no presente corporizado por estes titulares de órgãos de soberania,
farto, destes historiadores das "madrassas" súcias, e de arquivistas de papel,
farto, desta treta toda em que os "canalizadores" passaram a "engenheiros de canos e torneiras", as "criadas" passaram a "empregadas domésticas" ou "senhoras que ajudam lá em casa", os caixeiros-viajantes passaram a "técnicos de vendas" como disse um dos maiores farsantes que por aí tem palco em quase todo o lado,
farto, quanto ao disseminar de "assistentes operacionais",
farto, de observar que há colaboradores por todo o lado, admirando-me até porque é que os sindicatos continuam a falar em trabalhadores e não em colaboradores,
farto, de observar que temos ainda muitos iletrados, mas feliz por outro lado em ver que desapareceram todos os analfabetos,
farto, do politicamente correcto e do policiamento das mentes por parte dos "superiores" (!!) que por aí se pavoneiam,
farto, da defesa do SNS mas depois é vê-las a ir ao privado,
farto, de as ouvir a defender a escola pública e vê-las a meter os filhos por exemplo no colégio alemão,
farto, da ausência de rigor por parte dos políticos e das elites e daqueles que são designados por jornalistas cuja função é de primordial importância para a democracia,
farto, de observar cada vez mais gente sem respeitar o distanciamento físico e a higiene respiratória,
farto, de ver cada vez mais máscaras no chão, sacos de lixo encostados aos contentores em vez de lá dentro,
farto, dos buracos nas estradas e das tampas de saneamento desniveladas,
farto, disto tudo e de muito mais.
Ah, mas agora virão aí as eleições legislativas antecipadas e, agora é que vai ser!
AC
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