COVID - UMA EXPERIÊNCIA
Não entrava nas Amoreiras há meses.
Natal/ prendas, fui obrigado. Chegámos relativamente cedo, esta manhã, 1030 horas. Smart estacionado e lá foi o casal. Voltas e mais voltas, lojas e lojas, uns cafés, alguns impropérios civilizados face a alguns preços (esta gente está doida, disse a minha mulher, eu sorri levemente). Todas as pessoas de máscara. Por mim, creio que havia bastante gente, embora nas lojas sempre poucas. Muitas pessoas nos arejados corredores do Amoreiras e chegou aquela hora em que o estômago deu sinal, olhei para o pulso esquerdo e o magnífico e pesado relógio mostrava 1250 horas. Dirigimo-nos para a zona onde petiscar e onde não abancávamos há muito mas mesmo há muito tempo. Mal por mal decidimos pelo H2O para hambúrguer simples grelhado e arroz branco. Quatro pessoas à nossa frente. Uma jovem com maquineta na mão perguntou se tencionávamos almoçar no restaurante e, face à resposta - então tenho de vos pedir o certificado digital.
Modernice na mão (telemóvel), sacámos os dois da imagem e tivemos autorização para pedir o que pretendíamos papar. Tudo pago, sentámo-nos em dois lugares daquela mesa "ennoorrrrmmmeeeee", central, que serve para muita gente. E, enquanto comíamos, um sujeito novo não almoçou pois não tinha nada para mostrar.
O meu ponto aqui não é se sou a favor ou contra a medida. O que me faz confusão, muita confusão, é constatar que se pede ás pessoas para mostrar o certificado digital para nos sentarmos num espaço completamente aberto, exactamente igual aos espaços circundantes e onde passam dezenas e dezenas de pessoas, como o que não tinha certificado para mostrar. Entrámos em lojas, várias, nada foi preciso apresentar.
Isto faz sentido? Creio que fará para os restaurantes ali na zona, mas os fechados.
Estamos no âmbito da pandemia ou da........."palermia" ?
AC
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