. . . . . .
Se continuarmos com esta atitude com laivos de Estado Novo de “coitadinhos dos pobrezinhos”, dando-lhes sistematicamente o peixe sem sequer criarmos regras que os ensinem ou obriguem a pescar, estamos a alimentar pessoas irresponsáveis e, no limite, manipuladoras do sistema. E quanto mais se desenvolver este modelo maior será a revolta de quem trabalha e é deserdado destes apoios, mais ainda quando a Saúde e a Educação públicas funcionam mal.
Neste momento devíamos estar a debater as brechas dos apoios sociais e de como as podemos combater. Devíamos estar a tentar perceber se os apoios chegam a quem precisa ou se estão a ser usados por quem menos precisa.
Ricardo Leão pode não ter sido feliz na formulação que usou, quer no caso das casas como no caso das refeições para as crianças. Mas foi ao encontro das preocupações de munícipes que veem as autarquias a apoiar algumas pessoas que conhecem bem e sabem que não precisam, que usam o sistema. Quem vive no Parlamento em Lisboa pode ter dificuldade em perceber isso.
. . . . . . .
(Helena Garrido)
AC
Sem comentários:
Enviar um comentário