domingo, 23 de fevereiro de 2025

(continuação)

SEGURANÇA. DEFESA. GUERRA.

A propósito do tema supra, a propósito dos sobressaltos que vão por esse mundo fora e designadamente ainda mais depois de 20 de Janeiro deste 2025, a propósito das baratas tontas que são os chamados lideres (????) Europeus deste anão militar que é a União Europeia (UE), a propósito dos sucessivos dislates na vertente interna onde incluo a MRPP que diz que os russos vêm por aí abaixo mais entrevistas e comentários de vários civis e militares, tenho repescado vários textos de opinião dos muitos que ao longo dos anos tenho escrito e partilhado aqui no blogue e em outros locais, e vou expendido algumas opiniões sobre o que se vai agora passando. Aqui fica mais um.

Apetece-me recordar Luís Salgado de Matos - “….. há porém um pequeno pormenor: Estado sem defesa e sem justiça, ainda é Estado? (Público, 28/ 10/ 2002)

O ser humano sempre se regeu e degladiou por razões de sobrevivência das populações.
Há um esquecimento (propositado ?) de que o ser humano sempre se arrastou para trágicas violências por causa de, credo, fé, sexo, cor da pele, acesso a bens essenciais e matérias primas, domínio de mercados, desenvolvimento económico.

Numa palavra, sobrevivência!

Um senhor de grandes saberes, Adriano Moreira, disse em 1998 - “que os problemas de conservação, segurança e desenvolvimento são principais na revolução cultural a que temos de proceder, para que finalmente tenhamos uma nova estratégia nacional que substitua a que nos guiou durante séculos, e deixou de corresponder às exigências do século que está a terminar”.

Alguma coisa terá sido feita, mas passou mais de um quarto de século e continuamos na mesma ou pior. Lá fora foi tudo vertiginoso.
Tudo alterado a ritmo alucinante. Como se vê.
Rússia e EUA a tentarem dividir outra vez o mundo nos palácios da Arábia Saudita, "cagando" na Europa, deixando o patético Macron e outros tontos Europeus tão angustiados que, de Munique passaram para Paris para a boa cozinha e vinhos e espumantes franceses.

Guerras. 
Evolução vertiginosa, de conjunturas, de geopolítica, e alianças.
Quanto a nós? Que estratégia nacional?

Continuaremos com remendos no Conceito Estratégico de Defesa Nacional (CEDN), como parece estar a ser o caso ?
Para já, em Belém e S.Bento (PM e deputados), devem estar muito contentinhos pois Portugal foi convidado para o almoço em Paris de 4ª Feira passada, por video conferência. Não comeu nem bebeu, viu!

Estarão a perceber que lhes vão perguntar se podem disponibilizar os leopardos inoperacionais de Santa Margarida e um batalhão para contentar o Zelensky, mais uns camuflados e botas e capacetes? 

E que tal um Conceito Estratégico Nacional, em vez das palhaçadas de décadas com o CEDN que é um documento super prolixo onde só falta ditar a hora a que os titulares de órgãos de soberania devem ir para a cama?

Que lições a ter presente quando se assiste a esta catadupa de anúncios e decisões desde 20 de Janeiro do corrente?
Reorganização da defesa nacional (DN) ?
Definição da política de DN, e de defesa militar ?

Que lições a tirar dos conflitos por todo o globo desde 2022, particularmente na Ucrânia, no Médio Oriente ?
Que reflexos para a organização militar ? 
Nos seus princípios de funcionamento ?
Que reflexos para os sistemas de forças ? 
E no equipamento ? 
E nas doutrinas, na instrução e no treino ? 
E no dispositivo militar ?

Em Portugal existe uma endémica inépcia política de há mais de um século. 
Acresce, uma endémica falta de rigor, quantas vezes uma mentira continuada.

“ ….. with public sentiment nothing can fail. Without it, nothing can succeed” (Abraham Lincoln, 21/ 8 / 1858)

Aos políticos e elites tugas poderá ocorrer dizer que isto é para parvalhões, não para nós, os melhores dos melhores!

Nada se discute seriamente em portugal, estruturado, e com visão de longo prazo.

Será que Marcelo, Pedrinho, Montenegro, Melo, Rocha, o inarrável Ventura e outros, percebem que Rússia e EUA estão a tratar de ver se se entendem rapidamente quanto à Ucrânia e Europa, para irem depois tratar dos seus negócios no Médio Oriente e em África?

António Cabral (AC)

(continua)

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