domingo, 16 de fevereiro de 2025

(continuação)

Sobre, SEGURANÇA, DEFESA, GUERRA.

A  "Fortíssima"  EUROPA
Sabe-se pelas notícias que Macron presidirá em Paris nesta 2ª Feira a uma reunião para discutir o futuro da segurança Europeia, em face das conhecidas iniciativas do tresloucado Trump quanto à Ucrânia.

Ao falar da Europa creio que devemos falar, de todos os países do Continente Europeu, da União Europeia (UE), da Europa do Euro, da Europa de Schengen. E do Reino Unido.

A Europa é banhada a Norte pelo Oceano Glacial Ártico e a Oeste pelo Oceano Atlântico.
O Mediterrâneo, Mar de Mármara, Mar Negro e Mar Cáspio limitam-na a Sul e separam-na de África e da Ásia
A Leste, a linha de separação entre a Europa e a Ásia é mal definida mas, classicamente, os Urais e o Cáucaso são tidos como essa fronteira Leste.

O Reino Unido está fora da Europa do Euro e da Europa de Schengen. 

Quanto à UE é de há muito sabido que os países mais fortes olham com crescente sobrolho carregado para essa coisa da igualdade entre os vários Estados. Aliás, os últimos tratados "trataram" de começar a alterar um pouco o que os pequeninos queriam que se mantivesse, um país um voto.

O que se vai passar agora em Paris, onde creio estarão presentes pelo menos Holanda, Itália, Alemanha, França, Bélgica, Espanha, Dinamarca, Finlândia, Polónia, Hungria, porventura até o ridículo Luxemburgo? Não faço a mínima ideia.

Estará lá alguém representando a Ucrânia? O Reino Unido será convidado? Não faço ideia.
Mas vê-se por aí ser referido - os principais países Europeus.
Para discutirem o título pomposo -"Futuro da Segurança Europeia". 

Na realidade, irão discutir o quê, olhar a quê?

- Vão pedir ao inarrável Solana que apareça por lá, e leve as súmulas sobre a PESC e a telenovela de décadas chamada "Construção de uma Identidade Europeia de Segurança e Defesa?

- Tentar convencer a Polónia, República Checa (quero lá saber do Chéquia), Hungria, Roménia, Finlândia, Suécia, a arranjarem uma espécie de exército dos Estados com fronteira com a Rússia e Bielorússia? E a Ucrânia?

- Vão contabilizar os submarinos nucleares operacionais e porta mísseis do Reino Unido e da França?

- Vão debater a colocação de mísseis nucleares Franceses e Britânicos mais perto das fronteiras da UE com os Putanescos?

- Vão debater o serviço militar obrigatório?

- Vão debater quais as várias rubricas orçamentais de cada país que terão de ser comprimidas para desviar recursos financeiros para segurança e defesa?

- Vão tentar perceber se os países como Portugal podem fabricar camuflados, botas, munições para armamento ligeiro?

- Vão querer que até final do ano todos os carros de combate que os países tenham fiquem finalmente operacionais?

- Vão criar uma esquadra naval Europeia semelhante à que a NATO dispõe?

- Vão discutir chefias militares para as forças a erigir, sendo certo que Gouveia e Melo comandará a parte naval?

- Cientes de que militarmente a Europa é um anão, vão elaborar um protocolo para solicitar aos EUA que ajude a Europa em caso de conflito e, portanto, disponibilize aquilo que a Europa não tem e que é o sistema de geo-localização, sem o qual podem ter brinquedos muito bonitos que não acertarão uma?

Aguardemos para ouvir as conclusões dos "principais países Europeus" sobre esta matéria.
Conclusões e certamente decisões para esta Europa tão unida.
No mínimo, presumo que deverá ser determinada a elaboração de um livro branco ou um verde. Talvez azul!

António Cabral (AC)

(continua)

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