Respeito, sempre, as opiniões de outrem, registo-as, concordo ou discordo.
Em muitos dos casos, não vale a pena perder com palermas, mais tempo do que o estritamente necessário.
Vem isto a propósito do falecimento do ex-presidente do FCPorto.
Nada define mais o terceiro mundismo de um país do que a sobrevalorização do futebol e de dirigentes no contexto geral dos acontecimentos e dos problemas do país. É a minha opinião.
Não faria sentido que quem não gostava do falecido aparecesse no velório, no funeral, que se manifestasse muito condoído.
Eu, como todos os que têm a gentileza de visitar este modesto blogue já leram, muito pouco ligo ao futebol.
Se me perguntarem o que penso de Pinto da Costa, Filipe Vieira e etc., digo com toda a franqueza, tenho péssima opinião dessas pessoas, pessoas que, como todos nós, têm qualidades e defeitos.
Depois, haverá que ponderar a distribuição das qualidades e defeitos!
Por razões profissionais, tive de acompanhar estrangeiros a um jogo de futebol há pouco mais de 40 anos. Há cerca de 10, fui ao actual estádio de Alvalade, porque o meu genro que lá tem lugar cativo não podia ir, era um 28 de Agosto, dia de aniversário da mãe, ofereceu-me o bilhete.
Ao longo dos anos tenho visto na TV alguns jogos da seleção nacional, e alguns jogos internacionais. Já vi pela TV algumas finais da Taça de Portugal.
Ligo pouco ao futebol, ao mundo do futebol nacional e internacional, e lembro-me de um tal de "Havelange" e de outros dirigentes internacionais que a justiça tentou morder os calcanhares e que, creio, não ficariam mal na galeria fotográfica de certas máfias.
Pessoalmente tenho poucas dúvidas de que, no mundo do futebol e interessa-me o caso português e durante décadas, se passaram coisas vergonhosas. Estão aí vários casos pendentes na justiça que, aposto, nada de especial darão.
Como sempre aconteceu também com Pinto da Costa
Existe há décadas um conluio que considero vergonhoso entre alguns
titulares de orgãos de soberania e vários autarcas e certas elites (???) com os dirigentes do futebol, federação, liga, arbitragem, clubes.
Continuo convencido de que os expoentes máximos naquilo que pessoalmente considero vergonhoso e escandaloso são os sucessivos dirigentes do Benfica e do Porto, com os do Sporting a não querer ficar muito atrás.
Eu é que na vida nunca fui por certos caminhos que, como repetidamente se vai vendo, muitos glorificam.
Isto dito vejo nas "gordas" das notícias que muita gente legitimamente se emocionou com o desaparecimento deste dirigente do futebol, muita gente de todos os quadrantes da sociedade portuguesa manifestou o seu pesar. Legitimamente.
Também nestas coisas sempre me chocou a incoerência e a deselegância.
É conhecido o ódio de estimação de Pinto da Costa aos vermelhos, o ódio de estimação de dirigentes do Benfica e do Sporting a Pinto da Costa e sequazes.
Seria vergonhosamente incoerente que os clubes de Lisboa se fizessem representar nas exéquias.
Mas seria decente, civilizado que, por escrito, as direcções do Benfica e Sporting e outros endereçassem aos dirigentes do Porto uma palavra
simples, de condolências.
Não lhes ficava mal.
Mas, lá está, como se vê há décadas, os dirigentes dos clubes de futebol, na esmagadora maioria dos casos são uns labregos que, por andarem de Mercedes classe S se julgam uns grandes senhores.
Mas não passam de uns VIP (Very Important Potatoes).
À parte, o sistema mafioso do futebol, ter certa gente no bolso, insultos e grosserias várias, as provocações e ordinarices puras, os méritos, RIP
AC
Sem comentários:
Enviar um comentário