quinta-feira, 19 de junho de 2025

AS  OPINIÕES  DE  OUTREM

O direito de expressão, o direito de opinião, é pertença de todos. SEM EXCEPÇÃO.

O que é fundamental, em DEMOCRACIA, é respeitar-se a opinião de outrem. Depois, concorda-se ou discorda-se. Discute-se e argumenta-se.

O programa do governo, discutido e aprovado na Assembleia da República, tem várias medidas.

Não perturbei o meu sossego na aldeia a procurar inteirar-me desse programa. Hei-de olhar para isso e outras coisas quando tiver oportunidade e sobretudo disposição para tal ou seja, desconheço por enquanto as tais medidas que nele constam e que, ao olhar pela NET às gordas das notícias, ERIÇAM completamente a esquerdalhada. 

Nada de espantar, e que respeito. Provavelmente, algumas mas não todas as irritações da esquerda terão fundamento. Logo se verá.

Não é de espantar o anúncio à opinião pública com semanas de antecedência de que, quando chegasse a altura, na AR, haveria a imediata apresentação de uma moção de rejeição. 

Como não é de espantar que os do costume e os seus defensores em blogues e na comunicação social vociferem a propósito de muitas medidas do dito programa porque, nomeadamente, dizem que não foram apresentadas nem discutidas durante a passada companha eleitoral.

A tónica desses vigorosos protestos é esta - anunciam mudanças em relação à governação dos últimos anos.

Repito, respeito, SEMPRE, a opinião de outrem.

Mas olho sempre ao rigor e coerência das posições de todos os lados da barricada.

Ora, mostra a história democrática que, talvez com escassas excepções, cada governo tratou de alterar políticas e decisões de governos anteriores. 

António Costa foi dos maiores executores dessa postura. 
O virador de páginas. Ele e Centeno "os cativadores". Resultados à vista na saúde, na educação, na justiça, na habitação etc. 

Mas pôs-se ao fresco, como Barroso e Guterres. O costume, portanto, nada de espantar na postura de vida destes - "melhores de nós todos" (????) frase proferida e repetida com a maior desfaçatez por quem cada vez mais demonstra ter uma descarada ausência de vergonha na cara. 

A esquerdalhada acha bem sempre que são geringonças a virar páginas. Quando são "direitolas" é profundamente errado.

Pois eu analiso o que, em cada governação, me parece bom para a sociedade portuguesa e o que se me afigura péssimo.

A realidade da história democrática, particularmente a partir de 1991 mostra, em meu entender naturalmente, que boa parte do que PSD, PS, CDS, PCP, BE fizeram daí para cá, foi a origem do lamentável estado a que chegámos. 

Na habitação, no despovoamento de grande parte de Portugal Continental, na saúde, na justiça, nas forças armadas, na educação, na economia, na indústria, no ambiente, no poder local, na desertificação, no (des) ordenamento territorial, no turismo, na segurança, na cultura, na imigração, na floresta, no que respeita ao financiamento dos partidos políticos onde reina o regabofe como bem lembrou António José Seguro, nos transportes (TAP, ferrovia, rodovia), etc.

E assim continuamos. 

A caminho de Estado exíguo, com vontade de chegar a Estado falhado.

António Cabral (AC)

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