sábado, 24 de setembro de 2016

Governo, PS, Fisco, Sócrates, contas bancárias
Anda por aí muita polémica acerca da possível norma que permitirá à autoridade tributária olhar para dentro das contas bancárias. Fala-se num limite de 50000,00 €.
Tenho dúvidas diversas sobre esta matéria. Estou convencido, por outro lado, que a gentinha que foge ao fisco, que trafulha, que corrompe, que declara rendimentos ridículos e leva vida faustosa, não vive com continhas de 50000,00€. Vive com muito mais, vive de contas lá fora, suas ou de amigos e testas de ferro.
Na fase de lento regresso ao PREC de 1974 e 1975 empreendido por António Costa e as suas artistas preferidas, não me espanta que tudo se tente fazer para regressar a esses tempos em que propriedade privada, respeito pelo trabalho, liberdade real e não a proclamada, eram valores desprezados e muitas vezes violentados.
Nesta fase da vida nacional não me espanta nada do que acontece.
Não me espanta a total ausência de vergonha na cara de muita gentinha que por aí se pavoneia impune e alarve, roçando a canalhice. Desde o patético que se atreve a vomitar - "ele que se cuide" - ao despudor do que proclama que não - "sabia que tinha que declarar isto" - à fila imensa de criaturas que constantemente arrotam grandes valores mas seguem a música do cantor Phil Collins - "faz o que eu digo, não o que eu faço".
Como nada me espanta que um dos maiores farsantes que veio à luz em Portugal critique anúncios de medidas que, tudo indicia, o podem vir a prejudicar. Muita coerência neste caso.
É Portugal actual. Desde o cimo do prédio até ao chão ainda falta um bocadinho, estamos a passar o 5º andar, e está tudo muito bem!!
António Cabral (AC) 

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