domingo, 6 de novembro de 2016

Rituais
A vida está cheia de rituais.
Olhe-se ás épocas festivas, que anualmente se celebram.
Vejam-se os rituais e praxes e tradições nas cerimónias rotineiras na AR, por ocasião do 25 de Abril, ou na tomada de posse de um novo PR, ou no início de uma legislatura.
Veja-se o caso da abertura do ano judicial.
Observe-se o ritual da declaração/ informação ao povão de decisões consideradas (??) importantes do Tribunal Constitucional, em que um "corvo" pia e os outros assistem sorumbáticos.
Vejam-se as paradas do 10 de Junho.
Em todas, umas que poderão ser melhor entendidas que outras, se vislumbra de facto um conjunto de rituais, de paramentos e fatiotas.
Mas rituais existem que ás vezes deixam algo a desejar.
Em todas as cerimónias, civis e militares, as coisas devem processar-se com elevação e dignidade, com respeito pela história das instituições.
Na sucessão dos procedimentos, dos actos, dos desfiles, das atitudes respeitadoras, tudo têm uma determinada razão de ser.
Recordo a propósito, que a maioria das pessoas, incluindo muitas que por formação e conhecimento deviam comportar-se decentemente, se ri e escarnece dos protocolos e de quem os serve e serviu, achando-os muitas vezes ridículos.
Conheci bem certos casos e certos farsantes.
Esquecem que o protocolo tem como razão de ser que as cerimónias decorram com ordem e com respeito, pelo cerimonial, pelas precedências protocolares, pelas regras e tradições. Porque tudo tem o seu significado.
Porque todos os detalhes têm em vista uma organização do evento/ cerimónia, onde tudo e todos tem o seu momento, o seu lugar, a sua função.
Para que tudo, enfim, decorra com normalidade, como programado, sem atropelos.
Mas de vez em quando assiste-se a cenas caricatas. 
Como aquela a que assisti, na habitual cerimónia importantíssima de Maio, no ano de 2005 celebrada na ilha de Sta Maria, em que alguns figurantes/ figurões da vida pública se acotovelavam na linha da frente do palanque que fora montado para a cerimónia. 
Creio que tinha falhado uma marca no chão, para um VIP.
No caso que recordo, a maioria dos que lá estavam eram tão somente "Very Important Potatoes". 
Vários continuam hoje a "atazanar" a vida dos cidadãos.
António Cabral

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