quarta-feira, 22 de março de 2017

A MÚSICA QUE NOS CONTINUAM A DAR
Ora vem do BdP, ora de Centeno, ora da CMVM, ora de uma série de gentinha de cores todas, sempre com conversa fiada do tipo para "Épater les Bourgeois". 
Vem isto a propósito da CGD. "Ai, se dermos essas coisas aos deputados vem a público". CREDO, cruzes canhoto, vá de retro Satanás (Passos Coelho, não me estou a meter contigo).
A desfaçatez destes senhores, todos, é mais que lamentável.
Basta desde há meses ir vendo alguns OCS mas sobretudo alguns blogues, para se encontrarem as listas dos principais devedores à CGD. Naturalmente, um documento oficial da CGD é que demonstrará formalmente os devedores. Mas, naturalmente também, presumo que aquilo que se conhece cá fora não foi inventado, antes foi soprado por quem trabalha ou trabalhou na CGD, e está cada vez mais enojado com a pouca vergonha que por lá sempre terá acontecido. Terá, repito, pois vou ficar a aguardar as conclusões das famosas CPI's da AR.
Mas ainda assim, os gráficos que por aí circulam, indiciam bem o que se passou em Portugal, a pouco e pouco, em crescendo desde o último governo antes de 1985, e daí para cá, e pelo que parece em exponencial a partir de Sócrates
Antes dele (Sócrates) muita porcaria deve ter havido, e nenhum dos grandes senhores do PS, CDS, PSD de então estará bem na fotografia mas, depois dele então, parece que foi um fartar vilanagem.
"Quebra de confiança irreversível num negócio que assenta nesse pressuposto"? 
Este senhor Centeno julga ter muita graça.
Olhando para os tais gráficos que por aí se encontram vemos os seguintes nomes (por ordem decrescente de valor de dívida); Mota Engil, Mello, Promovalor Luís Filipe Vieira, PT, Andrade Gutierrez, Ascendi Norte, Pelicano, Tecnovia, Carlos Saraiva (os tais empreendimentos CS), Teixeira Duarte, Fundação José Berardo, Galp Energia, Grupo Lena, ES Concessões, José Guilherme (o das prendas), Brisa, GEGm EDP, Estradas de Portugal, Tiner, Ascendi Douro Interior, MSF Moniz da Maia, AFA, OPWAY, ADP, IM SGPS, Martifer, Obriverca Capital, Londimo, REN, Sonae, SGC, Logoplaste, ES Saúde, Greenwoods, Hexapolis, Sumolis, Americo Santo, Pluripar, Tejo Energia, Raposo, Fernando Martins, Pestana, ZON mUltimédia, Sport Lisboa e Benfica, Edifer, HeliPortugal.
Bem, com esta pequena lista basta ir agora aos arquivos fotográficos e aos arquivos dos jornais, e tirar conclusões.
Aquela frase - tomaram de assalto o Estado - assenta que nem uma luva certamente a muita gente. 
Quebra de confiança? Consequências sistémicas? Ou não será antes a preocupação em ficar-se a conhecer formalmente a lista enorme dos círculos dos que desde há 40 anos andaram/ andam entre os órgãos de soberania, a banca, os negócios, as fundações, as lojas, os escritórios? 
Sistémica é a gangrena que alastra em Portugal.
Há muito que não tenho confiança nenhuma em muita gente, incluindo sucessivos titulares de órgãos de soberania.
E nesta ocasião, lembro-me outra vez dos (aparentemente amigáveis) comentários passados de pessoas conhecidas - ah você tem uma certa razão, mas...... talvez.....
Aí têm o resultado. Uma podridão crescente.
É, sempre foi, e será um erro confundir consenso e moleza, capacidade de ouvir e indecisão, paciência e inação.
O meu desgraçado País está a parecer-se cada vez mais com aquelas pessoas que aparentemente andam muito bem postas, bem vestidas mas, vai-se a ver,........as meias estão rotas e a cueca......
Ah,........ já agora, ..........a propósito de castelos.
AC

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