sábado, 26 de janeiro de 2019

Os  OCS/ JORNALISTAS  QUE  TEMOS
Eu sei que não é só por cá, em Portugal, lá por fora não é muito diferente. Mas interessa-me cá, ponderar as coisas cá, as de cá em primeiro lugar. Quanto ao que a seguir deixo à consideração de quem tem a gentileza de visitar este blogue e ler, não creio que o que aponto tenha a ver com alguma coisa na nossa envolvente externa, que derive do que por fora acontece. 
O que acontece é da exclusiva responsabilidade de, autarcas, políticos, cidadãos que vivem legalmente face à lei, cidadãos que vivem ilegalmente em Portugal face à lei, e de cidadãos que se estou marimbando para a lei pois ao longo de 35 anos os amigos nos escritórios e nas lojas trataram de assegurar os necessários buracos nas leis, como trataram de assegurar também confortáveis períodos  para certas prescrições, e assegurar ainda que nunca se coloque a questão do ónus da prova, o Estado que se desenrasque.
E, em certa medida, responsabilidade também de muitos jornalistas, que não investigam a sério, que não perguntam o que deve ser perguntado. Jornalistas que confundem, que vão a correr atrás do politicamente correcto.

1º CASO - Bairro da Jamaica, no concelho do Seixal, gerido há décadas pelo PCP, sob a sigla CDU.
Contrariamente a muitos, incluindo titulares de orgãos de soberania, não posso comentar seriamente o que se passou entre pessoas que vivem naquele bairro (bairro ????) degradado e a polícia, por uma razão simples, não tenho praticamente informação sobre o assunto. 
Mas parece haver:
- Correspondência com a realidade, agressões e agressões, respostas de ambos os lados, alguns feridos.
- Correspondência com a realidade, as imagens que as TV terão mostrado do um tal chamado bairro (???) que, pelo que me dizem, são construções de vários andares, em tijolo, e dizem-me que tudo parece uma espelunca.
- Correspondência com a realidade, a autarquia competente deverá conhecer há décadas a existência daquela zona, provavelmente aquelas "habitações" (???) têm rede eléctrica fornecida, como água, antenas parabólicas, etc.
- Correspondência com a realidade, pois parece não haver desmentido, um "apelidado" colaborador do BE apela à violência e insulta publicamente forças da chamada ordem. A que se juntou, tanto quanto parece, as sempre extraordinárias tiradas de uma das Mortágua.
- Correspondência com a realidade, as sempre interessantes declarações do MAI Cabrita.
- Correspondência com a realidade, o repórter XX esteve logo num dos locais em Lisboa para onde as manifestações pacíficas (??)de revolta das gentes da tal de Jamaica foram deslocadas.

Há nisto tudo uma mistura de, pobreza extrema, violência, miséria moral, clandestinidade, ilegalidades várias, desemprego, revolta,  racismo, ganga organizados, ostracismo por parte dos responsáveis políticos (que não do BE, naturalmente)?? 
Temo que não me devo enganar por muito.
Num meio daqueles como em muitos semelhantes, certas associações não são correctas serão mesmo injustas mas, sejamos claros, nesses desgraçados meios também surgem exemplos de delinquência. Ou não ??
O que foi transportado para Lisboa e outras zonas é o quê?
Não posso comentar com segurança, pois não conheço, mas algumas questões ficam no ar, as quais não me parece que tenham interessado os jornalistas:
> Há quantos anos/ décadas, a CMSeixal conhece a situação do tal de Jamaica?
> A CMSeixal fornece água e assegura a limpeza da zona e a recolha do lixo?
> As forças de segurança percorrem aquela zona rotineiramente e sem problemas, ou só lá vão quando o rei faz anos e de forma muito musculada? 
> Aquele chamado bairro está legalizado?
> A EDP e as companhias de gás asseguram a distribuição das respectivas "utilities"?
> Em que ano a CMSeixal iniciou um eventual processo de realojamento daquelas pessoas (quantas são, estão identificadas, registadas na Junta de Freguesia?) e se eventualmente pediu apoio aos sucessivos governos?
> Se nunca pediu apoio ou se pediu e nunca o teve, quando denunciou esse drama social?
> E no âmbito da grandiosa área metropolitana de Lisboa, este assunto nunca foi abordado?
> E nas assembleias de freguesia, das últimas três décadas, os "deputados" municipais do PCP o que foram deixando em actas sobre este desgraçado assunto?
> Quando se interessou Fernanda Câncio e o BE por esta situação que, pelos vistos, terá décadas de existência?

Para lá das perguntas pertinentes, óbvias, mas que quem as devia colocar não o faz, continua certa gentinha politiqueira a fingir que não percebe que o êxodo de África continua e não é por acaso, porque pensam que na Europa ficarão bem mas, depois, temos estes políticos por cá e por essa Europa que diariamente se auto-contemplam nas vaidades, grandiloquentes, mas deixam durante décadas guetos imundos como Jamaica e muitos outros, e depois admiram-se.

2º CASO - O menino espanhol que caiu num buraco.
Vejo muito pouca TV. Contudo, nos dias que correm estou a ver bastante, pois ando a seguir o torneio de ténis na Austrália.
Mas quanto à tragédia em causa, penso que foi há mais de uma semana que terá acontecido, uma criança de tenra idade caiu num buraco que, pelo que percebi do pouco que vi há dois dias, terá um diâmetro muito pequeno e uma profundidade enorme.
Diz-me quem mais tem acompanhado a coisa, que todos os dias a toda a hora nos canais de notícias TV, o assunto é exposto, os dias que passam a remover terra, os buracos que vão fazer, a maquinaria presente na zona. E que o menino estará ainda vivo.
E andam todos os jornalistas por cá entretidos horas e horas com isto. Como lá por fora, mas isso não me interessa nada.
Já perguntei a pessoas amigas e a muitos familiares e ninguém me garantiu o que acho devia ter sido logo perguntado.
Tal como não o descobri nos Online. E que é o que se segue.
Num tempo em que se condena e criminaliza a violência doméstica (e muito bem), em que se condena e criminaliza quem deixa filhos a asfixiar dentro de carros ao Sol (e muito bem), parece-me, mas pode ser falha minha, que nenhum jornalista tratou de colocar a seguinte pergunta perante as câmaras TV senão mesmo aos pais da criança: como é que e porque carga de água, uma criança (2 anos?) é deixada no campo sem qualquer acompanhamento.
Mas gastar horas nos espectáculos da zona isso sim, importa para o "share". Mas devo ser eu que estou doido.

3º CASO - As poucas vergonhas na CGD.
É interessantíssimo ver agora certos jornalistas a colocar muitas interrogações - como é que?
Há no entanto uns muito escassos da económica que me parece colocam as coisas com alguma transparência, e há vários anos que andam polidamente a denunciar o que no presente cada vez se vem confirmando mais. 
Confirmando os desmandos a que a classe política TODA, mas sobretudo PS, PSD e CDS, sabiam perfeitamente o que há décadas se vinham passando. Tal como o Banco de Portugal.
Mas DEMOCRATICAMENTE, claro está.
Não é por acaso que estão perfeitamente consignados nos códigos certo número de anos para as prescrições, SIM, porque podem ficar descansados, VAI TUDO PRESCREVER a muito curto prazo.
Mesmo no meio do "GARANTE" do governo, do Banco de Portugal e de mais uma série de gentinha nada confiável.
É esta a minha avaliação do caso, usando as terminologias desta tralha banqueira, o mecanismo "fit and proper"!!!
E nem preciso de nenhum conselho de crédito para não DAR NENHUM CRÉDITO a ESTA TROPA FANDANGA que com a maior lata, e rindo-se na nossa cara, vai à TV.
E o curioso é ver uns patetas a escrever coisas como - suspeita de - mas não tem arguidos!!!
Sigilo bancário, segredo de justiça, confiança nas instituições bancárias. POIS!!!!
Uma coisa me descansa muito, CENTENO GARANTE ESTAR a ACOMPANHAR a SITUAÇÃO.
Injectam dinheiro, o dinheiro de todos nós, mas tratar depois de o tentar recuperar e portanto executar essa malandragem devedora "está quieto". 
Questões cíveis? Isso é para o desgraçado que roubar uns sapatos ou cebolas, aos finórios não se toca, são amigos.
Desgraçado país, democraticamente a ser estoirado por uma cambada de filhos de mães nada sérias.
AC

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